Sem formação de professores, distribuição 
de tablets pelo MEC tende a tropeçar em erros antigos.
E o objeto de desejo do momento e nem as escolas estão livres de modismos. Na onda dos lançamentos de inúmeros modelos de tablet, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou em junho que investirá 150 milhões de reais na compra de 600 mil aparelhos para uso de professores de Ensino Médio da rede pública de todo o País. Espécie de computador em formato de prancheta com tela sensível ao toque, o tablet tornou-se sensação entre usuários de tecnologia pela portabilidade e a possibilidade de acessar a internet ou ler livros digitais, por exemplo, com mais facilidade.
Receberão os materiais primeiramente as escolas urbanas, com banda larga, rede sem fio e laboratório do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo). A distribuição se dará no segundo semestre dentro do Educação Digital – Política para computadores interativos e tablets, que prevê a inclusão de tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de ensino. Os tablets virão num pacote de computadores interativos com lousa, acesso à internet, DVD, microfone, computador e projetor. Os aparelhos terão telas com entre 7 e 10 polegadas, câmera, saída de vídeo e conteúdos pré-instalados.
A estratégia foi anunciada pelo ministro como forma de resolver o problema da evasão escolar no Ensino Médio. “A escola precisa se reinventar para atrair e dialogar com essa juventude”, afirmou na ocasião, ao dizer que o modelo de escola atual é do século XVIII e que é preciso renová-lo. Curiosamente, a imagem coincide com a descrita por Jens Bammel, secretário da International Publishers Association, ao falar sobre a febre mundial dos tablets na educação no 3º Congresso Internacional do Livro Digital, em São Paulo. “Em todo o mundo, surgem políticos dizendo que é preciso trazer a sala de aula para o século XXI enquanto tiram fotos com iPads ao lado de crianças sorridentes”, afirmou, ao descrever o que chama de “tecnofilia dos políticos”. “Na hora, discursam sobre como se isso somente fosse capaz de dar um salto nos indicadores de qualidade, porém, o que se forma é um ciclo de entusiasmo em que os governos repetem os mesmos erros: criam grande expectativa, as coisas se acalmam, as pesquisas mostram pouco ou nenhum resultado e o projeto é enterrado quietamente. Até que um outro político descobre um novo aparato tecnológico com que desfilar diante das câmeras.”
Favorável à chegada das TICs à sala de aula, Sergio Ferreira do Amaral, professor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador do Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação da instituição, vê com cautela o programa do ministério. “Não é preciso ser especialista para saber que é um fetiche comprar um aparelho sem planejamento pedagógico sério. O material não trará ganhos se só tiver animações. Boa parte do uso dos tablets é para leitura de arquivos de texto em formato PDF, quando ele tem um potencial para  muito mais que isso.”
O MEC afirma que o desenvolvimento do método pedagógico vai acontecer na prática, e eis que surge uma das primeiras críticas feitas ao programa: “A iniciativa de disponibilizar tecnologia é importante, necessária, mas não suficiente para melhorar a educação brasileira. O grande problema é a formação de professores, ela deve ser intensa e acompanhar qualquer inserção de TICs nas escolas”, afirma Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Sem formação específica para o trabalho, a tendência é que todas as potencialidades exaltadas pelo ministro não se concretizem em melhoras no aprendizado ou em benefícios efetivos para os alunos. “São importantes as políticas direcionadas a investimento em tecnologia nas escolas, é uma questão de inclusão social. O problema é como isso é colocado. Hoje, a maioria das escolas tem laboratórios de informática subutilizados. Não há projetos pedagógicos, os computadores são usados para fazer pesquisas, baixar coisas da internet, o que é muito pouco para o que a infraestrutura permite. Há o risco de o mesmo acontecer com o tablet”, questiona o professor Sergio Ferreira. E completa: “Não é só levar o equipamento até a criança. É preciso saber quem está dando suporte pedagógico. O tablet representa um campo novo, não pode ser só a versão eletrônica do papel”.
De acordo com o MEC, a Secretaria de Educação Básica já iniciou a tratativa junto às universidades federais que darão o apoio à elaboração de conteúdos. Estão sendo elaborados conteúdos modulares para serem colocados na plataforma de educação a distância do MEC para início imediato.
Num País em que é comum o relato de laboratórios de informática e mesmo bibliotecas que acabam trancados por medo de que os estudantes estraguem o que eles guardam, cabe refletir sobre como o educador vê a tecnologia. Segundo uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet, a principal limitação para seu maior uso na escola está relacionada ao nível de conhecimento dos professores acerca dessas tecnologias. Para 75%, a principal fonte de apoio para o desenvolvimento dessas habilidades são os contatos informais com colegas.
O MEC quer mudar essa realidade preparando os educadores através do ProInfo – cerca de 300 mil já participaram do treinamento. Porém, Sérgio questiona o formato desses cursos. “É previsto um treinamento de 360 horas. Não há necessidade, é tempo demais e desestimula o professor. É preciso focar a metologia”, afirma. Um problema que volta também com os recém-formados que estão deixando as universidades pouco familiarizados com as possibilidades pedagógicas oferecidas pelas TICs.
Faltam resultados concretos
A primeira comparação feita, ao se pensar no novo programa, é com o Um Computador por Aluno (UCA), aplicado em vários países, e que já distribuiu mais de 2,4 milhões de equipamentos pelo mundo. Porém, são poucos os estudos conclusivos a respeito de sua efetividade. Apenas a título de ilustração, uma pesquisa feita pelo Inter-American Development Bank no Peru não encontrou evidências de melhoras em matemática ou linguagem após a aplicação do programa. Foram encontrados, contudo, resultados positivos referentes a habilidades cognitivas.
O próprio ministro admitiu, no lançamento da iniciativa, que há um certo risco no projeto: “Não há uma literatura conclusiva sobre isso. Há estudos na União Europeia dizendo que não está assegurado que houve salto sistêmico e relevante no processo de aprendizado, mas houve melhoras na criatividade, interesse pela língua, pela ciência. Ou seja, há ganhos positivos”.
Para Klaus, tais ganhos tropeçariam, justamente, na desenvoltura dos professores em incorporar as possibilidades que a ferramenta oferece. “A tecnologia por si só não melhora a educação. Isso é algo óbvio e evidente. Educação é um processo humano que depende de bons professores. Ela precisa ser vista como um novo instrumento pedagógico como qualquer outro. Apenas aliada a um professor com boa formação inicial e continuada é que ela poderá trazer efetivos avanços.”
“Poucas experiências no mundo apontam algum sucesso, até porque trata-se de algo novo, que ainda se está começando a estudar. Mas, se pensarmos em Piaget, na desenvoltura que as crianças têm com esses aparelhos e no fato de que é preciso que a sala de aula esteja em consonância com o mundo exterior, isso tudo já estabelece que podemos relacionar sim a inclusão digital com melhoras no ensino. Mas isso, mais uma vez, volta à necessidade de um educador preparado para guiar esse processo”, pondera Sérgio. •
Sem formação de professores, distribuição 
de tablets pelo MEC tende a tropeçar em erros antigos

E o objeto de desejo do momento e nem as escolas estão livres de modismos. Na onda dos lançamentos de inúmeros modelos de tablet, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou em junho que investirá 150 milhões de reais na compra de 600 mil aparelhos para uso de professores de Ensino Médio da rede pública de todo o País. Espécie de computador em formato de prancheta com tela sensível ao toque, o tablet tornou-se sensação entre usuários de tecnologia pela portabilidade e a possibilidade de acessar a internet ou ler livros digitais, por exemplo, com mais facilidade.

Receberão os materiais primeiramente as escolas urbanas, com banda larga, rede sem fio e laboratório do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo). A distribuição se dará no segundo semestre dentro do Educação Digital – Política para computadores interativos e tablets, que prevê a inclusão de tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de ensino. Os tablets virão num pacote de computadores interativos com lousa, acesso à internet, DVD, microfone, computador e projetor. Os aparelhos terão telas com entre 7 e 10 polegadas, câmera, saída de vídeo e conteúdos pré-instalados.

A estratégia foi anunciada pelo ministro como forma de resolver o problema da evasão escolar no Ensino Médio. “A escola precisa se reinventar para atrair e dialogar com essa juventude”, afirmou na ocasião, ao dizer que o modelo de escola atual é do século XVIII e que é preciso renová-lo. Curiosamente, a imagem coincide com a descrita por Jens Bammel, secretário da International Publishers Association, ao falar sobre a febre mundial dos tablets na educação no 3º Congresso Internacional do Livro Digital, em São Paulo. “Em todo o mundo, surgem políticos dizendo que é preciso trazer a sala de aula para o século XXI enquanto tiram fotos com iPads ao lado de crianças sorridentes”, afirmou, ao descrever o que chama de “tecnofilia dos políticos”. “Na hora, discursam sobre como se isso somente fosse capaz de dar um salto nos indicadores de qualidade, porém, o que se forma é um ciclo de entusiasmo em que os governos repetem os mesmos erros: criam grande expectativa, as coisas se acalmam, as pesquisas mostram pouco ou nenhum resultado e o projeto é enterrado quietamente. Até que um outro político descobre um novo aparato tecnológico com que desfilar diante das câmeras.”

Favorável à chegada das TICs à sala de aula, Sergio Ferreira do Amaral, professor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador do Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação da instituição, vê com cautela o programa do ministério. “Não é preciso ser especialista para saber que é um fetiche comprar um aparelho sem planejamento pedagógico sério. O material não trará ganhos se só tiver animações. Boa parte do uso dos tablets é para leitura de arquivos de texto em formato PDF, quando ele tem um potencial para  muito mais que isso.”

O MEC afirma que o desenvolvimento do método pedagógico vai acontecer na prática, e eis que surge uma das primeiras críticas feitas ao programa: “A iniciativa de disponibilizar tecnologia é importante, necessária, mas não suficiente para melhorar a educação brasileira. O grande problema é a formação de professores, ela deve ser intensa e acompanhar qualquer inserção de TICs nas escolas”, afirma Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

Sem formação específica para o trabalho, a tendência é que todas as potencialidades exaltadas pelo ministro não se concretizem em melhoras no aprendizado ou em benefícios efetivos para os alunos. “São importantes as políticas direcionadas a investimento em tecnologia nas escolas, é uma questão de inclusão social. O problema é como isso é colocado. Hoje, a maioria das escolas tem laboratórios de informática subutilizados. Não há projetos pedagógicos, os computadores são usados para fazer pesquisas, baixar coisas da internet, o que é muito pouco para o que a infraestrutura permite. Há o risco de o mesmo acontecer com o tablet”, questiona o professor Sergio Ferreira. E completa: “Não é só levar o equipamento até a criança. É preciso saber quem está dando suporte pedagógico. O tablet representa um campo novo, não pode ser só a versão eletrônica do papel”.

De acordo com o MEC, a Secretaria de Educação Básica já iniciou a tratativa junto às universidades federais que darão o apoio à elaboração de conteúdos. Estão sendo elaborados conteúdos modulares para serem colocados na plataforma de educação a distância do MEC para início imediato.

Num País em que é comum o relato de laboratórios de informática e mesmo bibliotecas que acabam trancados por medo de que os estudantes estraguem o que eles guardam, cabe refletir sobre como o educador vê a tecnologia. Segundo uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet, a principal limitação para seu maior uso na escola está relacionada ao nível de conhecimento dos professores acerca dessas tecnologias. Para 75%, a principal fonte de apoio para o desenvolvimento dessas habilidades são os contatos informais com colegas.

O MEC quer mudar essa realidade preparando os educadores através do ProInfo – cerca de 300 mil já participaram do treinamento. Porém, Sérgio questiona o formato desses cursos. “É previsto um treinamento de 360 horas. Não há necessidade, é tempo demais e desestimula o professor. É preciso focar a metologia”, afirma. Um problema que volta também com os recém-formados que estão deixando as universidades pouco familiarizados com as possibilidades pedagógicas oferecidas pelas TICs.

Faltam resultados concretos
A primeira comparação feita, ao se pensar no novo programa, é com o Um Computador por Aluno (UCA), aplicado em vários países, e que já distribuiu mais de 2,4 milhões de equipamentos pelo mundo. Porém, são poucos os estudos conclusivos a respeito de sua efetividade. Apenas a título de ilustração, uma pesquisa feita pelo Inter-American Development Bank no Peru não encontrou evidências de melhoras em matemática ou linguagem após a aplicação do programa. Foram encontrados, contudo, resultados positivos referentes a habilidades cognitivas.

O próprio ministro admitiu, no lançamento da iniciativa, que há um certo risco no projeto: “Não há uma literatura conclusiva sobre isso. Há estudos na União Europeia dizendo que não está assegurado que houve salto sistêmico e relevante no processo de aprendizado, mas houve melhoras na criatividade, interesse pela língua, pela ciência. Ou seja, há ganhos positivos”.

Para Klaus, tais ganhos tropeçariam, justamente, na desenvoltura dos professores em incorporar as possibilidades que a ferramenta oferece. “A tecnologia por si só não melhora a educação. Isso é algo óbvio e evidente. Educação é um processo humano que depende de bons professores. Ela precisa ser vista como um novo instrumento pedagógico como qualquer outro. Apenas aliada a um professor com boa formação inicial e continuada é que ela poderá trazer efetivos avanços.”

“Poucas experiências no mundo apontam algum sucesso, até porque trata-se de algo novo, que ainda se está começando a estudar. Mas, se pensarmos em Piaget, na desenvoltura que as crianças têm com esses aparelhos e no fato de que é preciso que a sala de aula esteja em consonância com o mundo exterior, isso tudo já estabelece que podemos relacionar sim a inclusão digital com melhoras no ensino. Mas isso, mais uma vez, volta à necessidade de um educador preparado para guiar esse processo”, pondera Sérgio. 

Fonte: Carta Capital

Mercado de ensino ganha novos consolidadores
Por De São Paulo
Dois grandes grupos consolidadores de ensino superior - a Anhanguera e a Kroton - não pretendem fazer aquisições relevantes pelo menos até o fim do ano para integrar suas últimas negociações. A Anhanguera comprou a Uniban e a Kroton adquiriu a Unopar e Uniasselvi. As três transações movimentaram mais de R$ 2,3 bilhões, entre setembro e maio.
Com essa espécie de "sabático" por parte dos dois grupos, abre-se uma oportunidade para outras instituições de ensino com apetite para aquisições, mas que teriam mais dificuldades para concorrer com a Anhanguera e a Kroton.
Entre as instituições de ensino estreantes no que diz respeito a fusões e aquisições estão, por exemplo, os grupos Anima e Cruzeiro do Sul.
Em janeiro, o Cruzeiro do Sul Educacional vendeu 37% do seu capital para a gestora inglesa de fundos de private equity Actis por R$ 180 milhões. Uma parte desse aporte já foi revertido para aquisição da Unicid, faculdade paulistana com 14 mil alunos. A outra parte dos recursos será destinada à compra de outras faculdades, segundo Hermes Figueiredo, um dos fundadores e presidente do Cruzeiro do Sul. Figueiredo e a família Padovese ainda detêm pouco mais de 30% do capital, cada um.
Já a instituição de ensino mineira Anima também recebeu, há três meses, um aporte de R$ 100 milhões da gestora BR Investimentos, do economista Paulo Guedes. Com esses recursos, o Anima planeja agregar outras instituições de ensino a sua holding, oferecendo troca de ações e pagamento em dinheiro. (BK)
Dois grandes grupos consolidadores de ensino superior - a Anhanguera e a Kroton - não pretendem fazer aquisições relevantes pelo menos até o fim do ano para integrar suas últimas negociações. A Anhanguera comprou a Uniban e a Kroton adquiriu a Unopar e Uniasselvi. As três transações movimentaram mais de R$ 2,3 bilhões, entre setembro e maio.

Com essa espécie de "sabático" por parte dos dois grupos, abre-se uma oportunidade para outras instituições de ensino com apetite para aquisições, mas que teriam mais dificuldades para concorrer com a Anhanguera e a Kroton.

Entre as instituições de ensino estreantes no que diz respeito a fusões e aquisições estão, por exemplo, os grupos Anima e Cruzeiro do Sul.

Em janeiro, o Cruzeiro do Sul Educacional vendeu 37% do seu capital para a gestora inglesa de fundos de private equity Actis por R$ 180 milhões. Uma parte desse aporte já foi revertido para aquisição da Unicid, faculdade paulistana com 14 mil alunos. A outra parte dos recursos será destinada à compra de outras faculdades, segundo Hermes Figueiredo, um dos fundadores e presidente do Cruzeiro do Sul. Figueiredo e a família Padovese ainda detêm pouco mais de 30% do capital, cada um.

Já a instituição de ensino mineira Anima também recebeu, há três meses, um aporte de R$ 100 milhões da gestora BR Investimentos, do economista Paulo Guedes. Com esses recursos, o Anima planeja agregar outras instituições de ensino a sua holding, oferecendo troca de ações e pagamento em dinheiro. (BK)

Fonte: Valor Econômico

O Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), firmou nesta segunda-feira, 9, acordo de cooperação com a Fundação Lemann no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras. O entendimento permitirá, até 2015, a participação de estudantes brasileiros nos programas de pós-graduação nas universidades das quais a fundação é parceira.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lembrou que o Ciência sem Fronteiras enviará 12 mil estudantes para o exterior em setembro de 2012. “Esse programa abrirá um novo capítulo na história da educação brasileira, levando os melhores estudantes para as melhores instituições do mundo”, afirmou o ministro.
O Ciência sem Fronteiras tem como objetivo conceder bolsas de graduação e pós-graduação para brasileiros no exterior, em áreas do conhecimento definidas como prioritárias pelo governo. O foco é enviar estudantes para instituições de reconhecida excelência.
O presidente da Fundação Lemann, Jorge Paulo Lemann, reconheceu o esforço do governo, no âmbito do Ciência sem Fronteiras, para o desenvolvimento da educação, ciência, tecnologia e inovação. “Tenho certeza de que esse programa será um dos grandes marcos do desenvolvimento do Brasil”, afirmou.
A Fundação Lemann é uma organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo contribuir para a melhora da qualidade da educação pública no Brasil. Mantém acordos com seis universidades de ponta dos Estados Unidos: Harvard University, Yale University, Stanford University, Columbia University, University of Illinois (Urbana-Champaign) e University of California (Los Angeles). O entendimento com o MEC prevê que a fundação complemente a bolsa de estudos oferecida pelo governo brasileiro e pelas universidades.
À Capes caberá, entre outras ações, lançar chamadas anuais do programa, prover o deslocamento do estudante até o país de destino e de volta para o Brasil e pagar auxílios seguro saúde durante a permanência do aluno no exterior.
Assessoria de Comunicação Social
O Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), firmou nesta segunda-feira, 9, acordo de cooperação com a Fundação Lemann no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras. O entendimento permitirá, até 2015, a participação de estudantes brasileiros nos programas de pós-graduação nas universidades das quais a fundação é parceira.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lembrou que o Ciência sem Fronteiras enviará 12 mil estudantes para o exterior em setembro de 2012. “Esse programa abrirá um novo capítulo na história da educação brasileira, levando os melhores estudantes para as melhores instituições do mundo”, afirmou o ministro.

O Ciência sem Fronteiras tem como objetivo conceder bolsas de graduação e pós-graduação para brasileiros no exterior, em áreas do conhecimento definidas como prioritárias pelo governo. O foco é enviar estudantes para instituições de reconhecida excelência.

O presidente da Fundação Lemann, Jorge Paulo Lemann, reconheceu o esforço do governo, no âmbito do Ciência sem Fronteiras, para o desenvolvimento da educação, ciência, tecnologia e inovação. “Tenho certeza de que esse programa será um dos grandes marcos do desenvolvimento do Brasil”, afirmou.

A Fundação Lemann é uma organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo contribuir para a melhora da qualidade da educação pública no Brasil. Mantém acordos com seis universidades de ponta dos Estados Unidos: Harvard University, Yale University, Stanford University, Columbia University, University of Illinois (Urbana-Champaign) e University of California (Los Angeles). O entendimento com o MEC prevê que a fundação complemente a bolsa de estudos oferecida pelo governo brasileiro e pelas universidades.

À Capes caberá, entre outras ações, lançar chamadas anuais do programa, prover o deslocamento do estudante até o país de destino e de volta para o Brasil e pagar auxílios seguro saúde durante a permanência do aluno no exterior.

Fonte: MEC

O Ministério da Educação (MEC) publicou hoje (5) portaria no Diário Oficial da União estabelecendo as regras do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). O programa que será lançado em breve tem como objetivo garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade. Redes municipais e estaduais terão que aderir ao programa para poder receber recursos e o apoio técnico do MEC.
Entre as ações previstas no programa estão a capacitação dos professores alfabetizadores, o pagamento de bolsas aos docentes e a distribuição de materiais didáticos específicos para alfabetização. Outra medida será a criação de uma prova que será aplicada a todos os alunos do 3º ano do ensino fundamental para medir o nível de alfabetização.
Até hoje o país não tinha um exame oficial para medir se as crianças estavam sendo alfabetizadas ou não na idade correta. Iniciativa semelhante já foi feita pelo Movimento Todos pela Educação que, em 2011, aplicou a primeira edição da Prova ABC.Em caráter amostral, o exame apontou que mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do ensino fundamental não tinham a capacidade de leitura esperada para esse nível de ensino.
As duas avaliações aplicadas atualmente pelo MEC aos alunos do ensino fundamental não aferiam essa informação. A Prova Brasil tem como público-alvo os alunos do 5º ano do ensino fundamental. Já a Provinha Brasil, aplicada no 2º ano, era uma ferramenta de uso interno das escolas para que cada professor pudesse acompanhar o desenvolvimento dos estudantes. Com o Pnaic, as escolas deverão informar ao MEC os resultados da Provinha a partir de um sistema que será desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
O Ministério da Educação (MEC) publicou hoje (5) portaria no Diário Oficial da União estabelecendo as regras do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). O programa que será lançado em breve tem como objetivo garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade. Redes municipais e estaduais terão que aderir ao programa para poder receber recursos e o apoio técnico do MEC.

Entre as ações previstas no programa estão a capacitação dos professores alfabetizadores, o pagamento de bolsas aos docentes e a distribuição de materiais didáticos específicos para alfabetização. Outra medida será a criação de uma prova que será aplicada a todos os alunos do 3º ano do ensino fundamental para medir o nível de alfabetização.

Até hoje o país não tinha um exame oficial para medir se as crianças estavam sendo alfabetizadas ou não na idade correta. Iniciativa semelhante já foi feita pelo Movimento Todos pela Educação que, em 2011, aplicou a primeira edição da Prova ABC.Em caráter amostral, o exame apontou que mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do ensino fundamental não tinham a capacidade de leitura esperada para esse nível de ensino.

As duas avaliações aplicadas atualmente pelo MEC aos alunos do ensino fundamental não aferiam essa informação. A Prova Brasil tem como público-alvo os alunos do 5º ano do ensino fundamental. Já a Provinha Brasil, aplicada no 2º ano, era uma ferramenta de uso interno das escolas para que cada professor pudesse acompanhar o desenvolvimento dos estudantes. Com o Pnaic, as escolas deverão informar ao MEC os resultados da Provinha a partir de um sistema que será desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

A Câmara analisa um projeto que cria programas que assegurem o acesso dos profissionais do magistério a livros e materiais didáticos, literatura complementar em geral e frequência a eventos científicos, culturais e artísticos, como condição indispensável ao exercício profissional.
Pela proposta (Projeto de Lei 3144/12), do deputado Romero Rodrigues (PSDB-PB),os programas serão mantidos pela União em colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios. O projeto altera a lei que estabelece as diretrizes e bases da educação (9.394/96).
O autor argumenta que a preparação adequada do professor envolve, além do acesso a bons livros e materiais didáticos, a leitura constante e a presença em eventos científicos, culturais e artísticos relevantes. “Uma boa aula só pode ser conduzida por um profissional adequadamente preparado. Esta preparação envolve o acesso a bons livros e materiais didáticos”, afirma Romero Rodrigues, acrescentando que o professor, para atuar em nível de excelência, necessita de bom padrão cultural.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
A Câmara analisa um projeto que cria programas que assegurem o acesso dos profissionais do magistério a livros e materiais didáticos, literatura complementar em geral e frequência a eventos científicos, culturais e artísticos, como condição indispensável ao exercício profissional.

Pela proposta (Projeto de Lei 3144/12), do deputado Romero Rodrigues (PSDB-PB),os programas serão mantidos pela União em colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios. O projeto altera a lei que estabelece as diretrizes e bases da educação (9.394/96).

O autor argumenta que a preparação adequada do professor envolve, além do acesso a bons livros e materiais didáticos, a leitura constante e a presença em eventos científicos, culturais e artísticos relevantes. “Uma boa aula só pode ser conduzida por um profissional adequadamente preparado. Esta preparação envolve o acesso a bons livros e materiais didáticos”, afirma Romero Rodrigues, acrescentando que o professor, para atuar em nível de excelência, necessita de bom padrão cultural.

Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

15,2% DAS CRIANÇAS BRASILEIRAS CHEGAM AOS OITO ANOS DE IDADE SEM ALFABETIZAÇÃO
Alfabetização tardia pode gerar descompasso entre idade e aprendizagem e comprometer vida escolar. Para Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação, se a alfabetização na idade certa não for assegurada, outras etapas de ensino não evoluirão
Fonte: Portal Porvir
A taxa de crianças brasileiras que chegam aos oito anos de idade sem estarem alfabetizadas é de 15,2%. Para educadores, a alfabetização tardia pode gerar um descompasso entre idade e aprendizagem e comprometer toda a vida escolar do estudante. O Ministério da Educação lança um grande pacto nacional para “atacar o problema na raiz”. Confira, a seguir, o diagnóstico e a série de propostas sobre letramento e numeramento trazidas pelo Ministro Aloizio Mercadante, por especialistas e pelos participantes do primeiro evento da Série de Diálogos O Futuro se Aprende, que discutiu os desafios da educação pública brasileira.
O que disse o Ministro:
Diagnóstico
- 15,2% das crianças chegam aos oito anos sem estarem alfabetizadas;
- Entre os estados brasileiros, as taxas são muito desiguais. No Paraná, esse número é de 4,9%, enquanto que no Nordeste a média é de 28%. “No Nordeste, tem 1/3 da sala de aula para o qual a professora não olha. O pedaço que não aprendeu a ler e escrever junto com os outros fica de fora”.
- Os problemas no segundo ciclo do fundamental e no ensino médio são reflexo de uma alfabetização deficitária. “Se não valorizarmos a alfabetização, os indicadores do ensino médio não vão melhorar. Se não atacarmos o problema na raiz, dificilmente teremos melhora no Ideb”.
Ações e Intenções
- Implantar o Pnaic (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa), cujo foco é alfabetizar as crianças até os oito anos de idade. “O grande desafio do Ministério, depois do Brasil Carinhoso [iniciativa do Governo Federal voltada à primeira infância], é lançar o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.”
- Capacitar e valorizar os 315 mil professores alfabetizadores do país. Os melhores professores alfabetizadores da rede serão convidados a capacitar os seus pares. “Os alfabetizadores têm que ser os melhores. Temos que premiar os melhores. O bônus, inclusive, pode ser em dinheiro.”
- Produzir material diversificado e adequado. “Vamos apresentar um volume de material pedagógico bem mais consistente e plural.”
- Avaliar a habilidade de alunos de 7 ou 8 anos na leitura, escrita e nas primeiras contas. “Nossa intenção não é punir a escola, nem expor a criança, mas saber o que não está avançando.”
Propostas
“No Brasil, 15 milhões de pessoas não são alfabetizadas. Há urgência de que o programa nacional supere as campanhas de alfabetização, que são insuficientes.”
Denise Carreira
Ação Educativa
“Se não assegurarmos a alfabetização na idade certa, não vamos conseguir evoluir nas outras etapas do ensino. Colocar o foco na alfabetização organiza o trabalho de todo mundo. Acho que a proposta maior seria assegurar que os planos fossem implementados. Existem muitos planos no Ministério, mas poucos saem do gabinete e são realizados com excelência. É preciso garantir que esses planos sejam colocados em prática, avaliando, corrigindo, reavaliando. As pessoas também precisam continuar insistindo, sem desanimar, usando os erros para corrigir os rumos. Isso vale para o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.”
Priscila Cruz
Todos pela Educação
“Os planos para alfabetização precisam levar em consideração três pontos. O primeiro: que a escrita seja trabalhada em sala de aula, desde cedo, com os usos e as funções que ela tem na sociedade. Segundo: que incluam atividades em que a criança possa focalizar sua atenção nas palavras, na relação entre som e grafia, ter consciência fonológica etc. E o terceiro: que o professor tenha um roteiro de atividades estruturado.”
Sonia Madi
Olimpíada de Língua Portuguesa
“O mais importante é que a gente tenha um material de qualidade e estruturado, tanto para professores quanto para alunos. Quanto mais lúdico e divertido esse material for, inclusive se ele puder usar as novas tecnologias, melhor vai ser para alunos e professores, porque o aprendizado vai ser mais motivante e, com certeza, as informações aprendidas ficarão na memória de longo prazo dos alunos.”
Rafael Parente
Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro
“Primeiro, quando se fala em alfabetização, não se pode esquecer da dimensão do numeramento. Segundo, precisamos lembrar que é necessária uma preocupação continuada com o letramento e o numeramento mesmo após o 3o ano do ensino fundamental. É bom que haja um foco na alfabetização, mas não se pode assumir que esse ciclo será 100% eficaz. É preciso reforçar o ensino também no 4 o e 5 o anos, para que a criança chegue no fundamental II, com domínio real dessas habilidades.”
Ana Lima
Instituto Paulo Montenegro
“Para que as crianças de 8 anos estejam plenamente alfabetizadas é necessário que a cadeia de responsáveis pelo ensino público se engaje realmente. Os técnicos das Secretarias, os diretores e coordenadores pedagógicos das escolas e seus professores precisam compreender os processos pelos quais as crianças aprendem e a partir dai passem a criar condições didáticas favoráveis à aprendizagem. Para isto investir em formação continuada atrelada ao que acontece nas salas de aulas, com foco nas aprendizagens é condição prioritária. Além disso as universidades que formam professores necessitam rever suas prioridades e focar nas necessidades de ensino e aprendizagem dos alunos e das escolas.”
Silvia Pereira de Carvalho
Coordenadora Instituto Avisa Lá
“Para quase todas as esferas do processo de ensino e aprendizagem, é preciso ter uma perspectiva sistêmica e estruturada. Para a alfabetização não é diferente. Esta deveria ser tratada como uma prioridade para o desenvolvimento do país como ocorre com assuntos estratégicos em outras áreas: investimento técnico consistente para produção de know-how qualificado. O assunto é sério demais para ser tratado com base em palpites ou soluções parciais. Responder a tais demandas – numa perspectiva democrática em que se dê oportunidade para todas as crianças – implica em considerar o conhecimento técnico acumulado neste campo e reconhecer os limites e possibilidades das redes públicas como base para a formulação de programas articulados e consistentes.”
Beatriz Cardoso
Comunidade Educativa CEDAC
Alfabetização tardia pode gerar descompasso entre idade e aprendizagem e comprometer vida escolar. Para Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação, se a alfabetização na idade certa não for assegurada, outras etapas de ensino não evoluirão

A taxa de crianças brasileiras que chegam aos oito anos de idade sem estarem alfabetizadas é de 15,2%. Para educadores, a alfabetização tardia pode gerar um descompasso entre idade e aprendizagem e comprometer toda a vida escolar do estudante. O Ministério da Educação lança um grande pacto nacional para “atacar o problema na raiz”. Confira, a seguir, o diagnóstico e a série de propostas sobre letramento e numeramento trazidas pelo Ministro Aloizio Mercadante, por especialistas e pelos participantes do primeiro evento da Série de Diálogos O Futuro se Aprende, que discutiu os desafios da educação pública brasileira.

O que disse o Ministro:
Diagnóstico
- 15,2% das crianças chegam aos oito anos sem estarem alfabetizadas;
- Entre os estados brasileiros, as taxas são muito desiguais. No Paraná, esse número é de 4,9%, enquanto que no Nordeste a média é de 28%. “No Nordeste, tem 1/3 da sala de aula para o qual a professora não olha. O pedaço que não aprendeu a ler e escrever junto com os outros fica de fora”.
- Os problemas no segundo ciclo do fundamental e no ensino médio são reflexo de uma alfabetização deficitária. “Se não valorizarmos a alfabetização, os indicadores do ensino médio não vão melhorar. Se não atacarmos o problema na raiz, dificilmente teremos melhora no Ideb”.

Ações e Intenções
- Implantar o Pnaic (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa), cujo foco é alfabetizar as crianças até os oito anos de idade. “O grande desafio do Ministério, depois do Brasil Carinhoso [iniciativa do Governo Federal voltada à primeira infância], é lançar o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.”
- Capacitar e valorizar os 315 mil professores alfabetizadores do país. Os melhores professores alfabetizadores da rede serão convidados a capacitar os seus pares. “Os alfabetizadores têm que ser os melhores. Temos que premiar os melhores. O bônus, inclusive, pode ser em dinheiro.”
- Produzir material diversificado e adequado. “Vamos apresentar um volume de material pedagógico bem mais consistente e plural.”
- Avaliar a habilidade de alunos de 7 ou 8 anos na leitura, escrita e nas primeiras contas. “Nossa intenção não é punir a escola, nem expor a criança, mas saber o que não está avançando.”

Propostas
“No Brasil, 15 milhões de pessoas não são alfabetizadas. Há urgência de que o programa nacional supere as campanhas de alfabetização, que são insuficientes.”
Denise Carreira
Ação Educativa

“Se não assegurarmos a alfabetização na idade certa, não vamos conseguir evoluir nas outras etapas do ensino. Colocar o foco na alfabetização organiza o trabalho de todo mundo. Acho que a proposta maior seria assegurar que os planos fossem implementados. Existem muitos planos no Ministério, mas poucos saem do gabinete e são realizados com excelência. É preciso garantir que esses planos sejam colocados em prática, avaliando, corrigindo, reavaliando. As pessoas também precisam continuar insistindo, sem desanimar, usando os erros para corrigir os rumos. Isso vale para o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.”
Priscila Cruz
Todos pela Educação

“Os planos para alfabetização precisam levar em consideração três pontos. O primeiro: que a escrita seja trabalhada em sala de aula, desde cedo, com os usos e as funções que ela tem na sociedade. Segundo: que incluam atividades em que a criança possa focalizar sua atenção nas palavras, na relação entre som e grafia, ter consciência fonológica etc. E o terceiro: que o professor tenha um roteiro de atividades estruturado.”
Sonia Madi
Olimpíada de Língua Portuguesa

“O mais importante é que a gente tenha um material de qualidade e estruturado, tanto para professores quanto para alunos. Quanto mais lúdico e divertido esse material for, inclusive se ele puder usar as novas tecnologias, melhor vai ser para alunos e professores, porque o aprendizado vai ser mais motivante e, com certeza, as informações aprendidas ficarão na memória de longo prazo dos alunos.”
Rafael Parente
Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro

“Primeiro, quando se fala em alfabetização, não se pode esquecer da dimensão do numeramento. Segundo, precisamos lembrar que é necessária uma preocupação continuada com o letramento e o numeramento mesmo após o 3o ano do ensino fundamental. É bom que haja um foco na alfabetização, mas não se pode assumir que esse ciclo será 100% eficaz. É preciso reforçar o ensino também no 4 o e 5 o anos, para que a criança chegue no fundamental II, com domínio real dessas habilidades.”
Ana Lima
Instituto Paulo Montenegro

“Para que as crianças de 8 anos estejam plenamente alfabetizadas é necessário que a cadeia de responsáveis pelo ensino público se engaje realmente. Os técnicos das Secretarias, os diretores e coordenadores pedagógicos das escolas e seus professores precisam compreender os processos pelos quais as crianças aprendem e a partir dai passem a criar condições didáticas favoráveis à aprendizagem. Para isto investir em formação continuada atrelada ao que acontece nas salas de aulas, com foco nas aprendizagens é condição prioritária. Além disso as universidades que formam professores necessitam rever suas prioridades e focar nas necessidades de ensino e aprendizagem dos alunos e das escolas.”
Silvia Pereira de Carvalho
Coordenadora Instituto Avisa Lá

“Para quase todas as esferas do processo de ensino e aprendizagem, é preciso ter uma perspectiva sistêmica e estruturada. Para a alfabetização não é diferente. Esta deveria ser tratada como uma prioridade para o desenvolvimento do país como ocorre com assuntos estratégicos em outras áreas: investimento técnico consistente para produção de know-how qualificado. O assunto é sério demais para ser tratado com base em palpites ou soluções parciais. Responder a tais demandas – numa perspectiva democrática em que se dê oportunidade para todas as crianças – implica em considerar o conhecimento técnico acumulado neste campo e reconhecer os limites e possibilidades das redes públicas como base para a formulação de programas articulados e consistentes.”
Beatriz Cardoso
Comunidade Educativa CEDAC

Fonte: Portal Porvir

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