PL 4330 e PLS 87 querem liberar a intermediação de mão de obra até nas atividades-fim das empresas; Central lançou dossiê que comprova precarização dos direitos trabalhistas

São Paulo – Os trabalhadores terceirizados no Brasil ganham em média 24,7% menos que os contratados diretamente e têm jornadas maiores em pelo menos três horas semanais. Estima-se que se o tempo fosse igual à daqueles contratados diretamente, seriam criados 882.959 empregos no Brasil. Além disso, os acidentes de trabalho e mortes vitimam muito mais terceirizados do que funcionários diretos. Só no setor elétrico, por exemplo, os trabalhadores terceiros morrem 3,4 vezes mais do que os efetivos nas distribuidoras, geradoras e transmissoras da área de energia.

Os dados, atualizados até dezembro de 2013, fazem parte do dossiê Terceirização e Desenvolvimento: uma Conta que Não Fecha, elaborado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), lançado na terça-feira 3, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília.


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