19072022 superiorA Campanha Salarial do Ensino Superior segue com impasse. E, diante do silêncio do Semesp (sindicato patronal), a Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) enviou ofício (clique aqui para ler a íntegra) com questionamentos acerca das negociações: qual é a posição do patronal? Quando vão reconhecer a defasagem salarial? Quando vão negociar seriamente?

O documento foi encaminhado após a reunião do dia 13 de julho, quando foi discutida uma proposta de outra Federação participante das negociações, mas que não atende às premissas deliberadas pelas assembleias realizadas em junho: reposição da inflação na base e na massa dos salários e negociar cláusulas que atendam as novas relações do trabalho docente, advindas do incremento do ensino a distância nos cursos presenciais.

Qual é, afinal, a posição das mantenedoras das instituições de ensino superior privado sobre a defasagem salarial das professoras, professores e auxiliares de administração escolar e como a representação patronal responde às condições dessa nova realidade pedagógica? 

Desde que a pandemia causada pelo coronavírus – COVID 19 impôs restrições ao ensino presencial, a aplicação de práticas de ensino a distância e suas variantes – ensino híbrido, ensalamento, salas virtuais com estudantes de campi, períodos e até cursos distintos – cresceram exponencialmente. 

O abuso na utilização de aulas gravadas desrespeita direitos de imagem, conteúdo e liberdade de cátedra dos e das docentes, entre outras questões.

Mesmo depois de onze rodadas de negociação, a representação patronal recusa-se a discutir essas reivindicações e insiste em propostas salariais humilhantes que cristalizam a defasagem salarial em relação ao recrudescimento inflacionário.

O ofício que a Fepesp e os sindicatos encaminharam formaliza e consolida o firme posicionamento dos docentes do ensino superior privado, caracteriza o impasse nas negociações e oferece a possibilidade de solução desse conflito, ainda que de forma pacífica, com o recurso à arbitragem ou mediação previstos na legislação.

Temos condições de defender nossas reivindicações, apresentando sólidos e insofismáveis argumentos nessas instâncias, perante árbitros ou mediadores. O impasse permanecerá apenas se os representantes das Mantenedoras demonstrarem total insensibilidade ou confessarem a ausência de argumentos que justifiquem sua intransigência.

A próxima rodada de negociação está marcada para o dia 27 de julho, quando os representantes das mantenedoras precisarão se pronunciar frente à nossa demanda.

Apresentamos a alternativa pacífica, ao mesmo tempo que nos preparamos para o confronto. 

Nova assembleia será convocada em meados de agosto, na volta às aulas.Fique atento aos comunicados publicados em nossos canais oficiais.

 

Com informações da Fepesp

Assembleia virtual será realizada no dia 15 de junho (quarta-feira), a partir das 18h30, e terá ponto abonado. Participe!

02062022 assembleiaMais uma vez, os representantes das mantenedores do ensino superior privado comparecem a uma sessão de negociação para apenas ocupar espaço na mesa, sem negociar: na reunião realizada nesta quarta-feira (8/6), o patronal reafirmou a "proposta" que não repõe a defasagem inflacionária nos salários, tampouco aceita rediscutir condições de trabalho.

Nada oferece, mas tudo pede. Durante a pandemia foram os professores e o pessoal administrativo que manteve as escolas funcionando, utilizando energia, internet e equipamentos próprios para continuar o ano letivo em aulas remotas. As instituições cortaram custos com alterações na matriz curricular, que acarretam redução no número de aulas; aumento do número de alunos em salas presenciais e virtuais; ensalamentos, em que algoritmos de maximização de espaço são utilizados para colocar numa mesma sala (ensalar) alunos de períodos, campi e até de cursos diferentes.

E, para coroar essa ‘política de gestão de recursos humanos’, diante do índice inflacionário de 10,57%, oferecem 4% em março, 2% em janeiro de 2023 e um ‘abono’ de 30% que não se incorpora ao salário.

“Esse impasse poderia ser resolvido por mediação isenta, por desembargador qualificado do Tribunal Regional do Trabalho”, diz Celso Napolitano, coordenador da comissão de negociação dos sindicatos integrantes da Fepesp. “Mas o patronal também a isso se recusa. Não querem reconhecer que a inflação sem reposição significa corte de salários de pessoal que tem se dedicado a manter as escolas abertas em período difícil”.

Impasse pode ser quebrado com todos na assembleia - É por isso que professores e pessoal administrativo está sendo chamado para a assembleia na próxima quarta-feira, dia 15. As assembleias serão simultâneas nas bases dos sindicatos integrantes da Fepesp, em todo o Estado. Discutiremos o atual estágio das negociações e as maneiras de superar o impasse. O tamanho das assembleias mostrará a nossa força.

Mobilização com abono de ponto
A falta ao trabalho para participar da assembleia será abonada! Para participar dessa assembleia, professores e auxiliares terão abono de ponto no dia 15. A participação em assembleia com falta abonada faz parte das convenções coletivas de pessoal administrativo e de professores. As instituições estão avisadas. Para participar, solicite o link de acesso em Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., mediante comprovação de atuação no segmento.

Com informações da Fepesp

30062022 superiorEm nova rodada de negociação da Campanha Salarial 2022 do Ensino Superior, nesta quarta-feira (29/6), foi acordada a extensão da convenção coletiva de trabalho de professores e pessoal administrativo até o dia 1º de setembro. Anteriormente, essa vigência estava estabelecida até 12 de julho.

Todas as cláusulas do conjunto de direitos dos educadores estão garantidas nesse período, enquanto seguem as negociações entre os representantes das mantenedoras das instituições de ensino superior privadas e a comissão de negociadores coordenada pela Fepesp.

Tanto o setor patronal como os sindicatos realizaram suas assembleias desde o último encontro negocial. Pelas mantenedoras, nenhuma modificação foi decidida sobre a proposta de reajuste de 4% agora, 2% em janeiro de 2023 e abono de 30% em outubro (que não se incorpora ao salário). Pelo nosso lado, nas assembleias de 15 de junho professores e auxiliares, unanimemente, rejeitaram novamente essa proposta e reafirmaram as reivindicações: reposição da defasagem inflacionária e revisão das condições de trabalho.

Ato em agosto
Assim, enquanto os professores entram em férias coletivas (uma conquista de nossas campanhas salariais que está inscrita na convenção coletiva de trabalho), os sindicatos irão se manter em negociação e preparar nossa mobilização.

“Não daremos descanso só por que é período de férias nas escolas” diz Celso Napolitano, presidente da Fepesp, lembrando que a mobilização será intensificada na volta às aulas em agosto. Um ato unitário dos sindicatos que estão em campanha salarial no Ensino Superior está planejado para agosto, em data a ser determinada.

Por isso, é muito importante ficar de olho nos avisos do sindicato, mesmo no mês de férias. Converse nos seus grupos, troque ideias e compartilhe as informações dos Sindicatos nas redes sociais e grupos de amigos. Agora, descanse e prepare-se para a ação em agosto!

02062022 superiorassembleiaO SINPRO ABC convoca professores do Ensino Superior do ABC para assembleia de Campanha Salarial a ser realizada no dia 15 de junho, com primeira chamada às 18h30, por meio da plataforma Zoom. Para participar, é preciso solicitar o link de acesso pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., mediante comprovação de atuação no segmento.

O direito ao abono de faltas para participação em assembleias sindicais foi uma conquista de campanha salarial que passou a constar na convenção coletiva do Ensino Superior. Pela cláusula, os educadores terão sua falta justificada e o pagamento garantido pela participação na atividade.

A convenção coletiva mais recente de professores e de auxiliares no Ensino Superior teve sua validade até o dia 28 de fevereiro de 2022, sendo 1º de março a data base para sua renovação. As negociações para sua renovação tem se estendido em grande parte pelo impasse criado pelas mantenedoras, que insistem em reajuste salarial inaceitável de 4% agora, 2% em janeiro de 2023  e um abono de 30% em outubro, que não se incorpora o salário.

Como resultado destas negociações, em 18 de maio foi acordado, na reunião entre o Semesp, a Fepesp e demais federações, o patronal acatou o pedido de ultratividade da convecção coletiva – sendo ‘ultratividade’ o termo que define a manutenção das cláusulas do acordo coletivo durante as negociações. Neste caso, o acordo prevê a manutenção das cláusulas até 12 de julho.

Fonte: Fepesp

estado de greve no superiorPropostas patronais recusadas – articulação nacional durante férias de julho – grande ato em defesa da educação e valorização dos educadores em agosto

Professores e pessoal administrativo no Ensino Superior privado estão em estado de greve no Estado de São Paulo. Essa foi decisão das assembleias convocadas pelos sindicatos integrantes da Fepesp e realizadas de forma praticamente simultânea em todo o Estado nesta quarta-feira, 15/06.

O estado de greve significa que os trabalhadores estão avisando formalmente as instituições de ensino que é possível ocorrer uma greve a partir do mês de agosto. Os trabalhadores decidiram manter-se em assembleia permanente. Nova assembleia deverá ser convocada imediatamente após a volta às aulas.

 Além do estado de greve, professores e pessoal administrativo decidiram se articular nacionalmente com os demais sindicatos em campanha salarial no Superior. “É o que patronal está fazendo. Os grandes comerciantes do ensino estão participando de todas as mesas de negociação no país para tentar bloquear a recuperação da defasagem salarial gerada pela inflação”, diz Celso Napolitano, da Fepesp. “Estão em uma campanha predatória contra os educadores para manter e aumentar seus lucros”.

 Ato nacional – Com a articulação junto aos demais sindicatos em campanha salarial, as assembleias decidiram promover um ato nacional, em defesa da educação e pela valorização dos profissionais da Educação, docentes e não docentes. O ato deve ser planejado para fazer frente à atitude predatória das grandes corporações do ensino nesta campanha salarial. Fique atento aos avisos de preparação desta mobilização.

Todas as propostas patronais foram rejeitadas novamente pelas assembleias. A proposta de reajuste de 4% agora e 2% em janeiro do ano que vem, com uma inflação que supera os dois dígitos, além de um abono que não se incorpora aos salários, foi considerada inaceitável e até mesmo ofensiva.

As assembleias também entenderam que não basta reajustar o salário. É preciso reajustar também as condições de trabalho nas instituições de ensino: regulamentar o ensino a distância, a carga extra das aulas híbridas, o aumento excessivo de alunos por professor provocado pelo ensalamento de turmas.

Essas condições, que também estão sendo ignoradas pelo patronal, chamam a atenção do Legislativo e foram motivo de pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo. Em pronunciamento, o deputado estadual Celso Giannazi defendeu os sindicatos e prometeu ‘todo apoio à luta dos professores no ensino superior”.

 Voltamos em agosto, voltamos à luta – A data do nosso ato na volta às aulas, em agosto, será anunciada o mais rapidamente possível. Fique atento aos avisos do seu sindicato. Todas as novidades e convocações estarão nos sites dos sindicatos e também no site da Fepesp. Fique de olho e vamos à luta, unidos por respeito!

Fonte: FEPESP

26052022 superiorA Campanha Salarial do Ensino Superior segue esbarrando em uma série de obstáculos colocados pelo sindicato patronal. Nesta quarta-feira (25/5), em nova rodada de negociação, o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos do Ensino Superior de São Paulo) não fez outra contraproposta de reajuste salarial e pouco se dispôs a discutir as demais reivindicações da categoria.

Ou seja, apesar da rejeição dos professores em assembleia, os empregadores insistem no reajuste absurdo de 4% agora e 2% somente em janeiro de 2023 mais 30% de abono, em outubro (valor não incorporado ao salário). Lembrando que a inflação correspondente ao período de março de 2021 a fevereiro de 2022 foi de 10,57%.

A Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), então, enfatizou duas questões: a duração da Convenção Coletiva, esta sem avanços, e as condições do trabalho docente.

CONDIÇÕES DE TRABALHO

As condições de trabalho que devem ser discutidas, nesse contexto, incluem alterações na matriz curricular, que acarretam redução no número de aulas; aumento do número de alunos em salas presenciais e virtuais de aula; ensalamentos, em que algoritmos de maximização de espaço são utilizados para colocar numa mesma sala (ensalar) alunos de períodos, campi e até de cursos diferentes.

Para os professores de EaD a situação é até pior. "Vendem" conteúdo e imagem por valores irrisórios, ‘para sempre’, e são obrigados a se responsabilizar por até 2 mil alunos por módulo que, por sua vez, interagem com tutores - denominação que o CNE e o MEC inventaram para caracterizar ‘docentes sem direito’. É a pior situação; a ‘carteira verde-amarela’ desse governo, por exemplo, foi barrada no Congresso, mas é utilizada no ensino superior para os tutores.

Acompanhe as atualizações em nossos canais oficiais e participe das atividades convocadas pelo SINPRO ABC. A luta é pelo nosso trabalho, nosso salário, nossa união!

Com informações da Fepesp.

Mais Lidas