O Sindicato dos professores do ABC realizou nesta sexta-feira (15), uma atividade da campanha salarial, no SESI da estação Prefeito Saladino, em Santo André. O objetivo do movimento foi esclarecer à comunidade sobre as negociações salariais e o desrespeito com que Paulo Skaf, presidente do “Sistema S”, vem tratando a categoria. Além disso, os sindicalistas falaram sobre os oito milhões de reais que Skaf gastou com propaganda para custear a campanha pessoal e eleitoreira “não vou pagar o pato”.  Ele tem sido um dos protagonistas e defensores do golpe pró impeachment da presidenta Dilma Roussef.

De acordo com o presidente do sindicato dos professores do ABC (SINPRO), José Jorge Maggio, é um grande desrespeito o que Skaf vem fazendo com a categoria, alegando não ter dinheiro para pagar as perdas salariais dos sete mil professores e professoras do SESI/SENAI no estado de São Paulo. No entanto, “ele irresponsavelmente prioriza sua campanha política, ao invés de recompor as perdas salariais e pagar um abono especial para os docentes”, afirma. Maggio diz ainda que “além de custear o golpe ao governo federal, Skaf está dando um golpe nos professores, pois se recusa pagar o índice da inflação (INPC) calculado em 11,08%”.

Para o professor do SESI, Elias José Balbino da Silva, diretor do SINPRO-ABC, além da falta de compromisso com a campanha salarial, existe também o assédio moral praticado pela direção das escolas. Segundo ele, “desde o ano passado, os docentes estão sofrendo ameaças de demissões em massa e fechamento de turmas e unidades educacionais”. Já o professor do SENAI, Nelson Bertarello, também diretor do sindicato, tem vivenciado esse problema na unidade em que leciona. “No SENAI Mário Amato, foram demitidos 80 professores e diversas turmas foram fechadas, além da não realização de vestibular no final do ano passado”, afirma.

Quem também esteve presente na atividade realizada pelo SINPRO-ABC, foi o conselheiro nacional do SENAI, José Roberto Magalhães Silva, o “bigodinho”, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Segundo ele, “o governo federal liberou verba o ano passado ao SESI/SENAI e este ano também está destinando cerca de R$ 1,8 bi ao sistema, sendo R$ 1,2 bi para o SESI e R$ 600 milhões para o SENAI, que deve ser gasto em investimentos e pagamento de professores, professoras e técnicos”.  

Carta distribuída à comunidade

Atenção Comunidade: Sindicato dos professores denuncia!

Skaf gasta R$ 8 milhões patrocinando o golpe e dá calote em professores e professoras.

Enquanto a Campanha Salarial se arrasta por conta da choradeira patronal, de que não tem dinheiro para pagar os salários dos professores, o presidente do SESI/SENAI e também da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, gastou R$ 8 milhões em anúncios, de apenas um dia, nos jornais: Folha de São Paulo, O Globo e Correio Braziliense e confeccionando cinco mil patos infláveis para a campanha do impeachment da presidenta Dilma, servindo assim de palanque político a seus interesses pessoais.  Essa extravagância autopromocional revela a irresponsabilidade da FIESP que torra milhões de reais em politicagem, e nega qualquer aumento salarial aos professores, professoras e técnicos de ensino do “Sistema S”.

O custo da campanha “não vou pagar o pato” bancado pela FIESP, seria suficiente para pagar um valor de mil reais a cada professor do SESI/SENAI, atendendo assim a reivindicação de um abono especial para a categoria e reposição da inflação + aumento real que, no entanto, é negado por Skaf alegando falta de recursos.

Dinheiro tem!

Em fevereiro deste ano, o Ministério da Educação liberou R$ 111,5 milhões ao “Sistema S” para o financiamento de bolsas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). Esse valor foi destinado a investimentos no setor e pagamento de mão de obra, ou seja, professores, professoras e técnicos.

A FIESP pensa que o dinheiro do SESI/SENAI é dela - e não das escolas - e faz farra com anúncios políticos. Portanto, o Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO ABC) vem a público esclarecer a real situação financeira do “Sistema S” e alertar que dinheiro para pagar o aumento salarial da categoria existe, o que ocorre, é irresponsabilidade por parte do Skaf, que inverte prioridades e coloca seus interesses pessoais acima dos direitos dos trabalhadores, arrochando salários e desrespeitando professores e professoras. Os docentes, com data base em março, estão em negociação salarial desde o início do ano, mas até agora os representantes do SESI/SENAI não apresentaram nenhuma proposta decente à categoria, menosprezando nossas reivindicações.

Nós do SINPRO ABC exigimos respeito e comunicamos que a “CAMPANHA SALARIAL CONTINUA”.

                                                                                              Direção do SINPRO ABC

 

 

 


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