Na segunda rodada de negociação, em 26/2, os sindicatos discutiram com representantes do Sesi e Senai a lista de reivindicações, enviada em 20/2. Havia a expectativa de que o Sesi e Senai já respondessem às propostas, que mexem em pelo menos 13 itens do Acordo Coletivo.

Sem esse retorno, a reunião serviu para que os sindicatos voltassem a defender as demandas apresentadas. Entre elas:

extensão da assistência médica para cônjuges e companheiros;

indenização em caso de redução de carga horária aceita pelo professor, correspondente ao número de aulas perdidas e proporcional ao tempo de serviço;

disponibilização de computadores e rede wi fi em todas as salas de aula e salas dos professores;

abono de faltas para consultas médicas e exames laboratoriais, mediante atestado;

licença maternidade de 180 dias

Estratégia

A pauta de reivindicações está sendo apresentada aos representantes patronais em bloco. No primeiro grupo, discutido dia 11/2, foram definidos os direitos dos Acordos Coletivos que podem ser renovados, sem alteração. Já existe consenso em 23 cláusulas. Por exemplo, manutenção do Dia do Professor como feriado, adicional noturno de 25% (na CLT é de 20%), adicional de 25% por trabalho em outro município e estabilidade no emprego por transferência de cidade.

No segundo bloco, discutido na rodada do dia 26/2, foram debatidas modificações de algumas cláusulas para ampliar direitos já existentes. É o caso da extensão de assistência médica aos maridos.

A próxima reunião, prevista para 5/3, deve marcar também o início do 3º grupo. Serão discutidas a inclusão de novas garantias no acordo coletivo. Entre eles, a estabilidade do professor que denunciar assédio moral, critérios de pagamento na substituição temporária e pagamento do recesso no pedido de demissão no final do ano letivo.

Há ainda as reivindicações econômicas, como o reajuste salarial de 10% a partir de março.

Rejeição

Durante a reunião, os sindicatos rejeitaram duas propostas que haviam sido apresentadas pelos patrões. A primeira pretende reduzir de 6 para 3 meses a duração da complementação do auxílio-previdenciário para quem não tem o Indusprev.

Outra proposta do Sesi Senai, também recusada, era mudar a cláusula que trata da estabilidade às vésperas da aposentadoria. A intenção é que o direito seria adquirido a quem estivesse a 18 meses (hoje são 24) da aposentadoria e contasse com 5 anos de casa (hoje são 3 anos). A estabilidade poderia ser substituída por garantia de salário.

Próxima rodada de negociação: 5 de março, 5ª feira.


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