Os problemas da Uniesp e as estratégias empresariais de seu diretor, Fernando Costa, são tema de reportagem da Revista Exame que chega às bancas nesta semana. Entre outras informações, a publicação trata dos problemas trabalhistas e informa que 33 faculdades do grupo estão impedidas de oferecer o Fies.
Com o sugestivo título de 'A escola que é caso de polícia', a repórter Ana Luíza Leal apresenta novos dados para mostrar o modo de atuação da Uniesp, que já atua em seis estados, além de São Paulo. O tratamento dado pela empresa a alunos e professores, nas escolas e faculdades, já foi denunciado pela Fepesp em um dossiê entregue ao MEC.
Segundo a reportagem, a empresa fez empréstimos de R$ 92 milhões para bancar os estudos de vários alunos no ensino superior, o que faz parte da novela envolvendo a campanha 'A Uniesp paga', já denunciada pela Fepesp.
No caso dos trabalhadores da empresa, a revista lembra que a dívida também é milionária, só em multas cobradas pelo Ministério Público do Trabalho: o valor atualizado chegaria a R$ 51 milhões. Responsável pela compra de várias faculdades, o grupo empresarial é questionado por quatro ex-donos de IES que dizem ter levado calote.
Outra reportagem sobre a Uniesp, 'Universidade frauda MEC e paga comissão a igrejas', rendeu ao Jornal Folha de S. Paulo um prêmio de jornalismo em 23/08. Os repórteres Fábio Takahashi e Vanessa Correa mostraram que a instituição se comprometia a pagar um dízimo a igrejas que lhe indicassem estudantes.
"Farsa"
Em 06/08, a Fepesp noticiou que a Câmara de Presidente Epitácio, no oeste paulista, havia aprovado uma moção de repúdio a Fernando Costa. Os vereadores da cidade sentiam-se envolvidos numa "farsa" pelo empresário do grupo.
Em abril de 2011, a Federação entregou um dossiê ao então ministro da Educação, Fernando Haddad, que tratava dos problemas envolvendo a empresa. Como exemplo, citava: atrasos de pagamento de salários; retenção da contribuição ao INSS; falta de depósito do FGTS (para os professores); e falta de aulas; cobranças indevidas de mensalidades; atraso na entrega de diplomas em mais de dois anos (para os alunos).
Após este período, novas denúncias apareceram, tendo Costa sido convocado duas vezes a comparecer à CPI do ensino superior privado, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Apesar disto, a expansão da Uniesp continuou.
A reportagem da Revista Exame é a primeira a exibir um panorama geral do caso. O texto ainda não está disponível a todos no site da publicação. Por enquanto, pode ser encontrado na versão impressa (edição 1024).
Revista Exame mostra os problemas e as investigações que pesam sobre a empresa de Fernando Costa

Os problemas da Uniesp e as estratégias empresariais de seu diretor, Fernando Costa, são tema de reportagem da Revista Exame que chega às bancas nesta semana. Entre outras informações, a publicação trata dos problemas trabalhistas e informa que 33 faculdades do grupo estão impedidas de oferecer o Fies.

Com o sugestivo título de 'A escola que é caso de polícia', a repórter Ana Luíza Leal apresenta novos dados para mostrar o modo de atuação da Uniesp, que já atua em seis estados, além de São Paulo. O tratamento dado pela empresa a alunos e professores, nas escolas e faculdades, já foi denunciado pela Fepesp em um dossiê entregue ao MEC.

Segundo a reportagem, a empresa fez empréstimos de R$ 92 milhões para bancar os estudos de vários alunos no ensino superior, o que faz parte da novela envolvendo a campanha 'A Uniesp paga', já denunciada pela Fepesp.

No caso dos trabalhadores da empresa, a revista lembra que a dívida também é milionária, só em multas cobradas pelo Ministério Público do Trabalho: o valor atualizado chegaria a R$ 51 milhões. Responsável pela compra de várias faculdades, o grupo empresarial é questionado por quatro ex-donos de IES que dizem ter levado calote.

Outra reportagem sobre a Uniesp, 'Universidade frauda MEC e paga comissão a igrejas', rendeu ao Jornal Folha de S. Paulo um prêmio de jornalismo em 23/08. Os repórteres Fábio Takahashi e Vanessa Correa mostraram que a instituição se comprometia a pagar um dízimo a igrejas que lhe indicassem estudantes.

"Farsa"
Em 06/08, a Fepesp noticiou que a Câmara de Presidente Epitácio, no oeste paulista, havia aprovado uma moção de repúdio a Fernando Costa. Os vereadores da cidade sentiam-se envolvidos numa "farsa" pelo empresário do grupo.

Em abril de 2011, a Federação entregou um dossiê ao então ministro da Educação, Fernando Haddad, que tratava dos problemas envolvendo a empresa. Como exemplo, citava: atrasos de pagamento de salários; retenção da contribuição ao INSS; falta de depósito do FGTS (para os professores); e falta de aulas; cobranças indevidas de mensalidades; atraso na entrega de diplomas em mais de dois anos (para os alunos).

Após este período, novas denúncias apareceram, tendo Costa sido convocado duas vezes a comparecer à CPI do ensino superior privado, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Apesar disto, a expansão da Uniesp continuou.

A reportagem da Revista Exame é a primeira a exibir um panorama geral do caso. O texto ainda não está disponível a todos no site da publicação. Por enquanto, pode ser encontrado na versão impressa (edição 1024).

Fonte: Fepesp

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