CAMPANHA SALARIAL 2017: EDUCAÇÃO SUPERIOR TEM NOVA RODADA

Comissão patronal quer cortes em bolsas e plano de saúde, mas ainda deve fazer sua lição de casa para justificar suas pretensões.

Piso salarial e a educação a distância (EaD) foram os dois novos temas debatidos na terceira rodada da Campanha Salarial do Ensino Superior privado nesta segunda feira, dia 6. Esta rodada de negociação foi realizada na sede do Sinpro SP. A comissão da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) se reuniu com o sindicato das mantenedoras (Semesp) nesta segunda-feira (06), na sede do Sindicato dos Professores de São Paulo.

Nesta rodada, foi acordado que os itens da convenção coletiva que não são alvo de propostas de alteração serão mantidos no novo acordo. O sindicato patronal também abandonou a ideia de instituir carência no plano de saúde dos professores.

PISO SALARIAL - A importância de se estabelecer um piso salarial para a categoria foi um dos principais assuntos levantados pela comissão de negociação dos professores e auxiliares de educação escolar. “Na educação básica, essa questão tem 20 anos. As instituições tiveram tempo para se adequar. Por que só os professores do ensino superior privado não têm piso?”, argumentou Walter Alves, presidente do Sinpro Santos, lembrando do achatamento que existe no salário de ingresso do professor. Na próxima rodada, o representante patronal deverá apresentar uma contraproposta, baseada em levantamento de salários praticados no estado.

EAD - Regulamentar a EaD é um dos objetivos dos sindicatos que integram a Fepesp. Igualdade nos valores estabelecidos para aulas presenciais e a distância e a privacidade do professor, para citar apenas dois exemplos, são reivindicações da categoria nesta Campanha Salarial 2017.

A proposta de cláusula feita pela Fepesp foi debatida nesta terceira rodada. O representante patronal reconheceu que é inaceitável que um mesmo professor receba valores distintos de hora-aula nas modalidades presencial e a distância.

BOLSA DE ESTUDOS - A pretensão patronal em limitar as bolsas de estudo de professores, auxiliares e dependentes em 5% do total assentos oferecidos em cursos regulados (Odontologia, Direito, Psicologia e Medicina) foi discutida, mas ainda não foi totalmente esclarecida. O setor patronal quer limitar essas bolsas, mas ainda não sabe como aplicar a sua própria sugestão. Vão ter que fazer sua lição de casa, de novo.

PLANO DE SAÚDE - O representante patronal abriu mão do pedido de carência nos planos de saúde, mas insistiu na cobrança de coparticipação em consultas e exames. Essa é uma questão contestada pelos professores e ainda indefinida pelos setor patronal, que não tem ideia certa do que exatamente querem nessa área.

O certo é que o sucesso na negociação depende do seu olho vivo. Nossa campanha é pela legítima defesa de nossos direitos.


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