Entramos na segunda rodada de negociação na educação básica. Na terça-feira, dia 1º, o sindicato patronal (SIEEESP, Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo) recebeu nossas reivindicações econômicas. Pedimos o reajuste justo, de 15%, e os demais itens que afetam nosso bolso.

O SIEEESP também apresentou suas reivindicações. A FEPESP e os sindicatos integrantes vão estudar todas elas com o cuidado necessário. É assim que se negocia.

A reunião começou com a retomada da pauta discutida na primeira rodada, quando a FEPESP e os sindicatos entregaram as cláusulas que pretendem manter e as que contêm alguma mudança de redação ou reivindicação. Da mesma forma, o Sindicato patronal entregou, ao longo da semana, o que eles pretendiam manter e mudar. O importante era completar a pauta com as reivindicações de impacto econômico, e assim avançar na discussão da Campanha Salarial. Questões como reajuste, vale refeição, vale cultura e piso salarial foram o destaque da reunião.

Mas agora vamos pisar no acelerador: daqui para frente, serão duas rodadas de negociação por semana. Com isso, estão acertadas negociações às terças e quintas-feiras, a partir da semana que vem. A ideia é afinar as propostas e bater os números antes da Páscoa. Serão, ao todo, quatro rodadas de negociação antes do feriado para que os professores e auxiliares sejam convocados para opinar em assembleia no sábado (19).

Quando a FEPESP e os sindicatos integrantes oficializaram o índice de 15% como nossa reivindicação de reajuste, logo surgiu o ‘drama´: o patronato começou a chorar alegando crise.

No entanto, a crise ainda não chegou na educação. Não temos informações de queda de matrículas. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) indica que as mensalidades subiram, em média, 11%, prova de que ‘crise´ virou a desculpa da hora no discurso dos representantes dos patrões.

O fato é que educação continua a ser bom negócio para eles, e professores continuam a se dedicar com afinco a seus alunos. Por isso, as condições de trabalho têm que ser discutidas com seriedade.

O SIEEESP aventou, ainda, a hipótese de fechar acordo por dois anos. Mas, em virtude da inflação em alta e a instabilidade no futuro, essa possibilidade deve ser analisada com cautela. Temos que nos empenhar com vigor nesta Campanha Salarial!

A comissão de negociação da FEPESP e dos sindicatos integrantes é coordenada pelo professor Luiz Antônio Barbagli (São Paulo), e composta pelos professores Celso Napolitano (FEPESP), Antonio Dias de Novaes (Ribeirão Preto), Carlos Virgilio Borges (Campinas), Fábio Luís Pereira (Sorocaba), José Jorge Maggio (ABC) e Walter Alves (Santos). Toda força aos nossos negociadores – e fique atento às convocações do seu sindicato!


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