Logo após a divulgação da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha que apontou a queda da popularidade da presidenta Dilma, a grande mídia (entenda-se Rede Globo) comparou-a ao ex-presidente Collor que, em 1990, caiu de 76% para 35%, como se fossem casos similares. Para confundir ainda mais a opinião pública, falou em “esgotamento político do modo PT de governar”, completando que “isto era previsível” e que os poderes executivos foram diretamente atingidos pelas manifestações, mas blindando os governadores dos estados, em especial, o de São Paulo. O “padrão global de comportamento” voltou com força total, primeiro com a transmissão “in totum” do julgamento político da Ação Penal 470 e agora com as manifestações de rua, manipulando o senso comum da opinião popular e democrática, pois o povo fica à mercê do oligopólio dos meios de comunicação conservadores (jornal, rádio e TV) que tem como objetivo nítido desgastar um governo que contraria interesses daqueles que nunca se preocupam com o bem-estar da população brasileira.

Mas entendemos que o povo já consegue discernir quem está mais próximo ou mais distante de seus anseios enquanto cidadãos, quem dialoga ou quem o evita e reprime, portanto, cabe aos movimentos sociais organizados assumirem o papel de protagonistas da atual conjuntura política que o país atravessa, colocando em suas agendas positivas temas urgentes como: Reforma Política, Reforma Tributária, Democratização e Regulação dos veículos de comunicação, Redução da Jornada de Trabalho semanal para 40 horas, Serviços Públicos gratuitos com qualidade socialmente referenciados, atualização real da Tabela de Alíquotas do Imposto de Renda, ou seja, o que é direito do cidadão e dever do Estado se constitua em prioridade nos planos de atuação de toda a comunidade.

Paulo Roberto Yamaçake
01/07/2013


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