23062021 editorialPedro, Elaine, Antonio, Paulo, Rosana. Cinco dentre outras mais de 500 mil vidas interrompidas por uma doença que, aqui no Brasil, sempre foi tratada com desdém e deboche por parte daquele que deveria ser exemplo.

Era março de 2020 quando tudo parou em todo o mundo. Escolas fecharam, atividades culturais foram suspensas, interromperam os torneios esportivos, adiaram as Olimpíadas. Mas, no Brasil, “era só uma gripezinha” que derrubaria os mais fracos. 

Hoje são 500 mil famílias enfraquecidas. São pais, mães, avós, filhos, maridos, amigos e companheiros que não puderam sequer ter o direito à despedida e à elaboração do luto. A covid-19 não escolhe suas vítimas. Ela é impiedosa. Infelizmente, não só ela.

Enquanto a maioria dos brasileiros espera ação e respeito por parte da “autoridade máxima”, o que presenciamos é um presidente simulando a falta de ar que agoniza os acometidos pela covid. Nossa esperança está agonizando.

Vemos um presidente exalando sua irresponsabilidade em palavras e comportamento. Promove aglomerações desnecessárias, ignora o uso de máscaras, ofende jornalistas e incita comportamentos negligentes que somente agravam a crise sanitária no País. Ter um leito disponível em enfermaria ou UTI não impede o risco de morte. É preciso não adoecer.

Somente a vacinação nos tiraria do fundo do poço. Mas Bolsonaro recusou as negociações e, quando a fez, superfaturou os valores para aquisição das doses indianas em mais de 1000%. O que mais falta acontecer para que juristas e autoridades políticas resgatem o país das mãos desse criminoso?

Imunização a passos lentos. Ocupação dos hospitais voltando a índices assustadores. Equipes de Saúde esgotadas. Presidente passeando de moto.

Se nada disso te causa indignação, o problema não é só o Bolsonaro.

O Brasil precisa de união e força para salvar a nossa nação devastada. Tudo para evitar que sofram outras famílias como as de Rosana, Paulo, Antonio, Elaine e Pedro.


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