volta aulas ouvir educador

Via FEPESP

Volta às aulas, quando ainda não chegamos ao auge da pandemia? Isso, agora, será uma decisão irresponsável, certamente induzida por motivação política e não por critérios de saúde.

 

Os profissionais de educação devem ser ouvidos, devem participar na elaboração de protocolos de acolhimento, já que estamos na linha de frente da educação.

Não bastam critérios para a recepção de alunos nas escolas. Os seus pais e também os educadores devem ser ouvidos – e iremos ampliar o debate e até levar o caso aos ministério público, se a suspensão de aulas for relaxada antes que se tenha o controle do coronavírus.

“As nossas vidas, o nosso bem estar, também estão em jogo”.

por Celso Napolitano

Olá colegas educadoras e educadores do Estado de São Paulo. Espero que todos estejam bem gozando de boa saúde junto aos seus familiares. A reflexão que eu trago hoje é em relação ao retorno às aulas.

Ao que parece, mais uma vez, infelizmente, a pressão econômica irá suplantar a saúde e a ciência com esta apressada e irresponsável flexibilização da quarentena promovida pelo governador do Estado de São Paulo e pelo prefeito da cidade de São Paulo – quando o número de casos de contaminação e de mortes ainda atingem cifras impressionantes.

Segundo os cientistas ainda não estamos no auge da pandemia. Portanto, não é aconselhável esta abertura irresponsável.

Mas, ao que tudo indica, no planejamento dos governantes o retorno às aulas está programado para o final de julho e o início do mês de agosto.

Comissões estão se formando para estabelecer protocolos de retorno às aulas. Porém essas comissões e esses protocolos não levam em consideração um elemento primordial nessa relação, que é o educador.

As educadoras, os educadores, os profissionais de educação, não estão sendo levados em consideração nem estão sendo representados nesta comissão. São os elementos principais desta relação e nesse acolhimento no retorno às aulas. Nós, profissionais da educação, também temos que participar desse acolhimento. E temos também que ter nossa opinião levada em consideração e ser respeitada.

As nossas vidas, o nosso bem estar, também estão em jogo.

Nós, na Federação dos Professores do Estado de São Paulo e seus sindicatos integrantes, estamos empenhados em fazer com que a voz do educador e da educadora sejam ouvidas.

Iremos até o Ministério Público do Trabalho e até o Ministério Público Estadual se isso se fizer necessário.

Estamos compondo uma comissão multidisciplinar, formada por profissionais da saúde como psicólogos, médicos, e outros para que estabeleçam os protocolos de acolhimento tanto das crianças, dos jovens, dos pais, e dos profissionais da educação!

Estamos atentos a essa questão – conte conosco.


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