O Coletivo Paulo Freire lançou no dia 16/10, um manifesto em defesa ao legado de Paulo Freire e pela manutenção de seu título como patrono da educação brasileira.

Encabeçado pela deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), por Nita Freite, escritora, educadora e viúva de Paulo Freire, Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito a Educação, e organizações como o Instituto Paulo Freire, o grupo lançou o documento como resposta à proposta legislativa criada por uma estudante apoiadora do “Escola sem Partido”, que pede a revogação da Lei 12.612 que concede o título a Freire.

O manifesto, que já conta com mais de 400 assinaturas de cidadãos brasileiros e de países da África Lusófona e de Portugal, e o apoio de educadores como Lisete Arelaro (USP-SP), Vitor Henrique Paro (USP-SP) e Jaqueline Moll (UFRGS), coloca que defender o título de Freire é o mesmo que defender a produção intelectual, a boa prática pedagógica e o próprio Brasil.

Para os proponentes, ceder a “tamanho acinte”, é impor a Freire e à sua obra, uma espécie de segundo exílio, tão violento quanto o primeiro  sofrido pelo educador de 1964 a 1980 e levado a cabo pela Ditadura Civil-Militar (1964-1985).

Daniel Cara, um dos proponentes do manifesto, reconhece Paulo Freire como um dos dez principais teóricos da história da educação, autor de uma pedagogia viva, política e democrática. Para ele, os ataques endereçados ao educador são feitos por quem defende o status quo e se coloca contrário a emancipação de um pensamento crítico.

“Acusá-lo dos problemas da educação brasileira é o equivalente a culpar Einstein pela dificuldade dos alunos em entender Física. Infelizmente, a humanidade demora para incorporar as contribuições dos grandes pensadores”, afirma.

Para aderir ao manifesto “Coletivo Paulo Freire por uma Educação Democrática”, basta encaminhar um email para: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Fonte: Carta Educação


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