Senado avança em direção ao desmonte da CLT

Mobilizações previstas para o final de junho podem parar o retrocesso

Com 14 votos a favor e 11 contra - os senadores governistas que compõem a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovaram no dia 06/06 o relatório da Reforma Trabalhista do relator Ricardo Ferraço (PSDB/ES), que não fez nenhuma alteração no texto aprovado por unanimidade pela bancada comandada pelo governo de Michael Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados.

De acordo com José Jorge Maggio, presidente do SINPRO ABC, se essa reforma passar será o fim do emprego formal em todo o Brasil. “Os trabalhadores e trabalhadoras desse País, têm que dar um basta a esse avanço neoliberal que está corroendo as leis trabalhistas brasileiras. Estamos nas mãos de políticos inescrupulosos e sem nenhuma moral para legislar sobre os direitos da classe trabalhadora. Não podemos deixar isso acontecer”, alertou Maggio. Para ele, a esperança está nas mobilizações que serão promovidas pelas centrais sindicais podendo  frear esses ataques. “Nós temos que mobilizar o maior número de trabalhadores na manifestação do dia 20 de junho em preparação para mais uma greve geral. Vimos que no dia 28 de abril, a primeira greve contra as reformas foi um verdadeiro sucesso. Para a próxima, no dia 30 de Junho, devemos reunir ainda mais trabalhadores e mostrar nossa força para a manutenção dos direitos trabalhista e previdenciário”.

No segmento da educação particular, os professores e professoras têm uma assembleia marcada para o dia 23 de junho às 13h30 na sede do SINPRO ABC (rua Pirituba 65 – Santo André) para decidirem sobre os rumos do movimento na categoria.

Na greve de abril, segundo levantamento do sindicato, cerca de 60% dos professores da rede particular de ensino do ABC paralisaram suas atividades em protesto à Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista.


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