SINPRO ABC repudia atitude de secretário de cultura do governo Dória

O Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO) repudia  a atitude do secretário de Cultura da capital paulista, André Sturm, do governo de João Dória (PSDB) que ameaçou “quebrar a cara” do ativista cultural Gustavo Soares, 24 anos, membro do Movimento Cultural Ermelino Matarazzo, em reunião realizada no dia 29/05, na Casa de Cultura do bairro na zona leste.

O SINPRO ABC repudia veemente a postura assumida pelo secretário e afirma que atitudes como essa depõem contra o espírito democrático e inovador dos profissionais que trabalham com atividades culturais, não só em São Paulo, como em todo o País.

De acordo com a direção do Sindicato dos Professores do ABC, todos os profissionais devem ser respeitados na realização de suas atividades que contribuem para a construção de uma sociedade democrática, com liberdade de pensamento e expressão no exercício da cidadania.

O grupo cultural, vítima da agressão verbal do secretário, pleiteava a renovação da gestão compartilhada do espaço, originado de uma ocupação realizada pelo próprio movimento, estabelecida no ano passado, ainda na gestão de Fernando Haddad (PT).

Em áudio divulgado pelo movimento, é possível ouvir que o jovem argumenta que seria inviável para o grupo renovar a parceria sem apoio financeiro por parte da secretaria. Depois de ser confrontado com a posição do ativista, Sturm eleva o tom de voz e afirma que “o espaço é público, é do governo” e que se o grupo não aceitar a proposta será retirado do local. Soares argumenta que não é porque a casa é pública que pertence ao secretário ou ao governo Doria. “Providencia com a prefeitura regional o fechamento do espaço de Ermelino Matarazzo. Boa sorte pra vocês. Vocês querem fazer esse discursinho babaca. Você é um chato, rapaz”, diz Sturm.

O ativista reage e diz que o secretário de Doria é “desequilibrado”. Sturm, então, ameaça o ativista: “Se você falar assim eu vou quebrar sua cara. Isso mesmo: vou quebrar sua cara”, se altera. Em seguida, emenda que vai mandar lacrar o prédio. “Acabou a molecagem”, completa. 

 

 


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