Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha, diz jornal

 

De acordo com o jornal O Globo, Joesley Batista e o seu irmão Wesley Batista, os donos da JBS – a maior produtora de carne do mundo – teriam gravado uma conversa na qual o presidente Michel Temer dá aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. O senador Aécio Neves também teria sido foi gravado, pedindo R$ 2 milhões a um dos empresários.

 

Segundo o jornal, as gravações são parte de declaração que donos da JBS deram à Procuradoria-Geral da República em abril.

 

De acordo com a publicação, os irmãos Batista registraram, com um gravador escondido, um diálogo “embaraçoso” com Temer. Joesley teria dito que, em um econtro dia 7 de março no Palácio do Planalto, contou a Temer que estava pagando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro – ambos presos na Operação Lava Jato – para ficarem calados. O presidente, segundo o empresário, respondeu: “Tem que manter isso, viu?”

 

O presidente também teria indicado a Joesley o nome do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.

 

De acordo com O Globo,  Aécio Neves também foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley, dinheiro que teria sido entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena filmada pela Polícia Federal. “A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG)”, diz o jornal.

 

Joesley teria revelado ainda que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão, valor referente a um saldo de propina que o peemedebista tinha com ele. E ainda devia mais R$ 20 milhões relativos à tramitação de uma lei que previa a desoneração de impostos no setor de frango.

 

O jornal informa ainda que, na última quarta-feira (10), os irmãos Batista foram ao gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), e confirmaram as declarações à PGR. Cabe a Fachin homologar a delação de Joesley Batista e o seu irmão Wesley Batista.

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