Presidente do SINPRO ABC participa de evento sobre educação com a presença da presidenta afastada Dilma Rousseff

O evento foi realizado nesta segunda-feira (18) na Universidade Federal do ABC (campus São Bernardo) com a participação de vários profissionais ligados a área da Educação. O debate foi promovido pela Associação de docentes em defesa da educação, ciência, tecnologia e inovação com a participação da presidenta afastada Dilma Rousseff.

A presidenta falou sobre as péssimas consequências ao desenvolvimento científico e tecnológico e à soberania brasileira dos ataques à área social no governo interino de Michel Temer (PMDB).

Ela lembrou os impactos do projeto do chanceler interino José Serra (PSDB), ao tirar a Petrobras da obrigação de responder por pelo menos 30% da exploração do pré-sal. Dilma ressaltou que a medida mais grave é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que veta o aumento de investimentos em educação e saúde. "Ao congelar investimentos, a PEC reduz o per capita a ser aplicado nos próximos 20 anos pelos presidentes que vierem. Isso porque vão entrar mais brasileiros na escola e nas universidades e o dinheiro será o mesmo, não será possível manter ProUni, Fies e programas como o Ciência sem Fronteiras", afirmou Dilma.

Para a presidenta, o congelamento impede avanços que viriam com a ampliação de recursos em atendimento ao Plano Nacional de Educação, que prevê que até o final da próxima década sejam aplicados no setor 10% do PIB. Parte desses recursos deveriam vir com os royalties pago à União com a exploração do pré-sal. "Se não for investido no setor, para onde irá esse dinheiro?", questionou.

Presidente do SINPRO ABC participa da mesa de debates

O presidente do Sindicato dos professores do ABC, josé Jorge Maggio, foi um dos convidados da mesa e fez duras criticas ao governo golpista, Michel Temer e aos patrocinadores do golpe:  imprensa, FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Maggio lembrou os abusos cometidos pela imprensa na manipulação de informações no período pré golpe e o grande desrespeito do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, à classe trabalhadora ao comentar que no Brasil, os trabalhadores poderiam aumentar sua jornada para 80 horas semanais.

O presidente do SINPRO ABC criticou também o chanceler interino José Serra pela entrega do pré-sal aos estrangeiros e o ministro da educação Mendonça Filho que está desmontando os avanços do Fórum Nacional de Educação. “Com o PL 131, o Serra joga no lixo todas conquistas e debates dos CONAE’s. Os 10% do PIB (Produto Interno Bruto) deve ser utilizado na extensão, pesquisa e graduação, com o compromisso da educação pública e de qualidade e essencialmente Laica”,  disse Maggio.


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