Mais de 200 pessoas entre professores (as), alunos e representantes do Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO ABC) se reuniram nesta terça-feira (16) no auditório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL) na Fundação Santo André, buscando soluções para a crise econômica da Instituição.
Na mobilização eles fizeram duras críticas quanto ao Plano de Recuperação Institucional (PRI) criado pela reitoria e à prefeitura de Santo André (PMSA), que desde 2003 não repassa subvenção à FSA. De acordo com um estudo feito pela comissão de professores (as) criada para administrar o impasse financeiro, a PMSA deve aos cofres da Fundação Santo André R$ 28 mi, sendo, R$ 13 mi em subvenção atrasada + R$ 15 mi pela construção do segundo prédio da Faculdade de Engenharia (FAENG), que era de responsabilidade da prefeitura.
De acordo com Marcelo Buzetto, diretor do SINPRO ABC e professor da FSA, em 2002, ano da morte do então prefeito Celso Daniel, que tinha assumido a construção do segundo prédio da FAENG, “a prefeitura não honrou seu compromisso em pagar pela dívida e a FSA foi obrigada a quitar o pagamento pela construção do prédio, que hoje soma R$ 15 mi“. Buzetto disse ainda que professores (as), alunos e sindicato, “responsabilizam a reitoria, pela má administração e a prefeitura, pelo descaso e não repasse da subvenção, pela crise financeira da Fundação Santo André”.
Segundo o presidente do SINPRO ABC, José Jorge Maggio, que esteve na mobilização “a responsabilidade pela atual situação, atraso de salários e não pagamento do 13º, não pode recair sobre os funcionários e alunos”. Para Maggio, “o sindicato não aceitará nenhum direito a menos e irá à Justiça defender os direitos trabalhistas dos professores e professoras da Fundação”.
No próximo sábado (20) às 13h, SINPRO ABC, professores (as) e alunos se reúnem no calçadão da Oliveira Lima (Centro) e realizam uma aula pública para conscientizar a população sobre a crise financeira na Fundação Santo André e cobrar da prefeitura o pagamento da dívida com a Instituição. Já no dia 24 (quarta-feira) 11h, eles realizam uma passeata da Fundação à Prefeitura para cobrar um posicionamento efetivo do prefeito Carlos Grana sobre o assunto.


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