Os movimentos sociais e sindical farão novo protesto junto a professores, estudantes e familiares nesta terça-feira (10), contra a chamada reorganização escolar e o fechamento de centenas de escolas em São Paulo e por moradia popular. A atividade começa às 12h, com assembleia dos professores, no Estádio do Morumbi. De lá, seguem em marcha até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.

Ao mesmo tempo, outra marcha puxada pelos movimentos de moradia sairá por volta das 11h, da Ponte Cidade Jardim, na Marginal Pinheiros. Os dois grupos irão se encontrar. A mobilização é organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp), a Central de Movimentos Populares (CMP) e a União dos Movimentos de Moradia (UMM), entidades que compõem o Fórum dos Movimentos Sociais do Estado de São Paulo.

Na ocasião, serão levadas até o governador reivindicações em defesa da escola pública e por moradia popular. E, além disso, os movimentos sociais alertam que farão duras críticas à falta de água, à segurança pública, entre outros problemas estaduais.  

Em ato que reuniu 90 mil pessoas, no dia 29 de outubro, o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, afirmou que Geraldo Alckmin tem promovido um ataque à escola pública. "Isso significa atacar a escola dos filhos e filhas dos trabalhadores. Nossa Central e sindicatos filiados à CUT estarão em todas as atividades junto aos professores e estudantes para derrotar esse governo fascista", disse.

Da mesma maneira, a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, enfatiza que os trabalhadores não admitirão que nenhuma escola fechada em São Paulo. A entidade tem cobrado o governo diariamente e promovido inúmeros atos.

Para o coordenador estadual da CMP, Raimundo Bonfim, "após um ano de mobilização, os movimentos não poderiam fechar 2015 sem um grande ato em frente ao palácio dos Bandeirantes para protestar contra o descaso de Alckmin em todas as questões sociais", avalia.

Sobre a educação - O objetivo do governo é separar as unidades por ciclos: ensino médio, anos iniciais (1º ao 5º) e anos finais (6º ao 9º). A Secretaria da Educação de São Paulo divulgou no mês passado uma lista com 94 escolas da rede estadual de 35 municípios que serão fechadas como escola da educação básica.

Sobre a moradia - Os movimentos cobram um Plano Estadual de Moradia Popular em São Paulo e criticam o corte de recursos na área da habitação feitos a cada ano pelo governo Alckmin. O déficit habitacional no estado é de 1,5 milhão de moradias.


Mais Lidas