O governo do Paraná anunciou, que o reajuste salarial dos professores será de 5% e deve ser pago em duas vezes, conforme a capacidade orçamentária do Estado.

Também afirmou, via nota à imprensa, o "encerramento das negociações com os sindicatos que representam servidores públicos". Na última reunião, realizada na terça-feira (12) entre Fórum Estadual dos Servidores (FES) e a secretaria da Administração e Previdência, não houve acordo e a greve, que já dura 31 dias letivos dos alunos, se manteve.

Os professores pedem ajuste de 8,17% da data-base, que é a reposição da inflação dos últimos 12 meses, segundo o IPCA (Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo). Na pauta de reivindicações também constam outros 10 itens, como o pagamento do piso nacional para professores e funcionários da educação, retroativo a janeiro, e outras questões trabalhistas, a exemplo da incorporação do auxílio-transporte ao salário.

A APP-Sindicato, depois do anúncio do governo, decidiu manter a greve. "O governo, novamente, não manteve o diálogo. Além de não pagarem o piso salarial, estipulado por lei federal, vão atrasar o reajuste? Não concordamos com isso e vamos manter a greve", afirma o secretário de comunicação da entidade, Luiz Fernando Rodrigues.

Hoje, sexta-feira (15) a APP-Sindicato realiza uma assembleia para decidir os próximos passos da categoria.

Corte de salário

O governo do Estado também anunciou que descontará do salário dos grevistas os dias não trabalhados. Também abrirá processos por insubordinação contra diretores que estimularam a paralisação, não abriram as escolas ou não permitiram a entrada de estudantes durante o período. De acordo com a APP-Sindicato, 80% dos 25 mil professores e trabalhadores da educação aderiram ao movimento.

A greve dos professores afeta 1 milhão de estudantes da rede estadual de ensino -- composta por 2.173 escolas de ensino fundamental, médio e técnico --, segundo a Secretária da Educação do Paraná. A secretária da Educação, professora Ana Seres, tem feito apelos para que os professores voltem às salas de aula, alertado que a paralisação compromete questão pedagógica e o calendário escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)


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