Os professores do estado de São Paulo chegam ao 49º dia de greve com adesão de 59% da categoria, o equivalente a pelo menos 135.700 docentes da rede, de acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A próxima assembleia está marcada para quinta-feira (30), no vão livre do Masp, às 14h. Até lá, estão previstos atos regionais, em diferentes cidades.

Os professores reivindicam reajuste de salário de 75,33%, melhores condições de trabalho e equiparação salarial com outras categorias profissionais que possuem o mesmo nível de formação. O secretário da Educação, Herman Voorwald, já sinalizou que não há previsão de aumento, em uma reunião na quinta-feira (23). A negativa fez com que os docentes decidissem pela manutenção da paralisação.

Na sexta-feira (24), a juíza Luiza Barros Rozas, da 11ª Vara da Fazenda Pública, reconheceu a legalidade da greve e permitiu que os professores possam entrar pacificamente nas escolas, durante os intervalos, para conversar com colegas e afixar cartazes para divulgar a paralisação.

Ainda assim, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) nega que haja greve. Após participar da abertura de um evento em Ribeirão Preto, no interior do estado, na última sexta-feira (24), Alckmin declarou que “não existe greve de professores” e que apenas a média de faltas dos temporários teria aumentado, em 1%.

A Apeoesp divulgou uma nota rechaçando a postura do governador. “Os meios de comunicação já confirmaram in loco que a greve atinge a rede estadual de ensino em todas as regiões do estado e que o número de professores parados supera 50%, chegando em alguns momentos a 70% ou 75% da categoria. Por ordem do governo, muitas escolas tentam manter uma aparência de normalidade, mas não há atividade regular nas escolas estaduais”, diz o texto.


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