Greve dos professores de São Paulo continua e cresce em todo o estado

Quarenta mil professores reuniram-se na tarde de sexta-feira, 20 de março, no vão-livre do Masp, na avenida Paulista, e deram uma forte demonstração de luta e unidade em torno das reivindicações da categoria.

A assembleia aprovou a continuidade da greve iniciada no dia 13 de março e a realização de nova assembleia no dia 27 de março no mesmo local.

A Apeoesp apurou que a adesão cresceu durante toda a semana passada, culminando em 137 mil professores em greve na sexta-feira (o que representa 59% da categoria).

A assembleia, que teve transmissão ao vivo pelo portal da entidade (www.apeoesp.org.br), decidiu que todas as subsedes da capital, grande São Paulo e do interior devem mobilizar professores para a realização de uma grande vigília em frente à Secretaria da Educação, na Praça da República, a partir das 18 horas de quinta-feira, 26 de março, como forma de pressão pela abertura imediata de negociações. Nesta mesma data, as subsedes devem realizar suas assembleias regionais e, após deliberar sobre os próximos passos do movimento, organizar os professores para participarem da vigília.

Entre outras ações aprovadas – leia calendário abaixo – está a “operação caça Alckmin”. Em todos os locais onde o governador estiver, lá estarão os professores para pressionar e protocolar documento pedindo a abertura imediata de negociações, a exemplo do que fizeram os professores de Piracicaba e de Americana. Também foram aprovadas orientações para que as subsedes promovam atos regionais, panfletagens e outras atividades.

Ato em defesa da educação pública

Após a assembleia estadual, os professores saíram em passeata pela avenida Paulista e rua da Consolação, até a Praça da República, onde se realizou um Ato em Defesa da Escola Pública. O ato contou com a participação de centrais sindicais e de representantes da sociedade civil.

Calendário de mobilização:

Quinta-feira, 26: Assembleias regionais.

A partir das 18 horas: Vigília em frente à Secretaria de Estado da Educação, na Praça da República para exigir a abertura de negociações.

Sexta-feira, 27: Assembleia estadual, a partir das 14 horas, no vão-livre do Masp, avenida Paulista.

As principais reivindicações:

- Aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, rumo ao piso do Dieese para PEB I com jornada de 20 horas semanais de trabalho.

- Pela implantação da jornada do piso.

- Nova forma de contratação dos professores temporários, com garantia de direitos, sem “quarentena” ou “duzentena”.

- Fim do fechamento de classes; imediato desmembramento das salas superlotadas.

- Máximo 25 alunos por sala desde o primeiro ciclo do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.

- Garantia de PCPs nas escolas de acordo com a Resolução 75/2013. No mínimo um PCP em cada escola, independente do número de salas.

- Pelo fim da lei das faltas médicas; fim da perseguição aos professores nas perícias médicas.

- Pela aceleração dos processos de aposentadoria.

- Por água nas escolas.

- Pela transformação do bônus em reajuste salarial.

- Fim do projeto excludente de escola de tempo integral; por uma educação integrada.

- Fim do assédio moral


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