Uma pesquisa feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que no Brasil o professor perde 20% do tempo de aula acalmando os alunos e colocando a classe em ordem para poder ensinar. Além disso, o estudo aponta que 60% dos professores brasileiros ouvidos têm mais de 10% de alunos-problemas em sala de aula, o maior índice entre os países participantes do estudo.

Na outra ponta, Dinamarca, Croácia, Noruega e Japão têm menos relatos de professores sobre alunos com mau comportamento.

A pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem ouviu professores de 33 países.

Os dados foram levantados em 2013 com alunos do ensino fundamental e ensino médio (alunos de 11 a 16 anos), mas um relatório sobre a questão de comportamento dos alunos foi divulgado este ano. No Brasil, participaram da pesquisa 14.291 professores e 1.057 diretores de 1.070 escolas.

VEJA ALGUNS DADOS DA PESQUISA:

Vandalismo e roubo

O Brasil está em segundo lugar neste item, com 11,8% dos relatos dos professores, atrás do México, líder com 13,2% e à frente da Malásia, com 10,8%.

Intimidação verbal entre alunos

O Brasil lidera a pesquisa com 34,4% dos relatos de professores, seguido pela Suécia (30,7%) e Bélgica (30,7%).

Ferimentos em briga de alunos

O maior índice é do México (10,8%), seguido por Chipre (7,2%) e Finlândia (7%). O Brasil aparece em quarto com 6,7%.

Intimidação verbal de professores

O Brasil é primeiro lugar com 12,5%. Em seguida vem a Estônia (11%).

Uso e posse de drogas e/ou álcool

Nos relatos, o Brasil tem o mais alto índice (6,9%), seguido pelo Canadá (6%).

Ainda de acordo com o estudo, no Brasil, mais de 90% dos professores dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior, mas cerca de 25% não fizeram curso de formação de professores.


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