Nessa crise que estamos vivendo com a efetiva escassez de água, nossa atenção se volta inconscientemente para o assunto. Diariamente tentamos driblar e solucionar o problema com ideias e atitudes que deveriam ter se fundamentado no passado. Aprendemos na escola que a definição de água era: Bem natural, livre, gratuito e inesgotável. No entanto, percebemos que essa definição mudou e numa incoerência aquífera, onde o Brasil possui a segunda maior reserva de água doce do planeta, perdendo somente para o Canadá, estamos sentindo na pele o que o mau uso, a falta de investimentos e o desperdício estão causando à população brasileira.

A política hídrica, em que governos pecam em legislar em causa própria, sem pensar no bem estar do povo, vem em primeiro lugar no descaso com a água. No caso do estado de São Paulo, a não ampliação do sistema de armazenamento, a falta de compromisso do governo em buscar alternativas para o abastecimento e a omissão política, escondendo no período eleitoral, a gravidade do problema apontam para o governador Geraldo Alckmin como o principal culpado por esta situação. Especialistas da Sabesp alertaram para o problema há anos, desde 2010 quando o índice de chuva tem ficado bem abaixo do esperado. “A quantidade de chuva” X “gasto populacional” tem fechado no negativo. Portanto, a falta de vontade política aliada a falta de investimentos são os principais vilões desta crise hídrica e consequentemente elétrica, que estamos vivendo.

Existem outros culpados?

Quando pensamos no consumo e utilização inadequada da água tratada por parte das indústrias, verificamos também que existem outros responsáveis pela crise. O setor industrial poderia investir numa política econômica sustentável, como por exemplo, reutilizar água nas empresas e captar água de chuva para uso em atividades de produção e limpeza, mas como há necessidade de investimento, muitos empresários preferem sacrificar o bem de consumo comum e vital.

A agricultura também leva boa parte da água para a produção de alimentos, isso sem falar no desperdício da própria Sabesp que trabalha com uma manutenção precária e tardia.

A população também precisa se conscientizar que o uso irracional da água contribui e muito para a atual crise, já que tínhamos ideia de que seca e racionamento eram preocupações dos estados do Nordeste.

O que fazer se essa crise persistir?

Será que na casa do Sr. Geraldo Alckmin e de outros políticos há racionamento de água?

E a multa cobrada pela Sabesp será aplicada para todos os esbanjadores? Ou mais uma vez somente a população vai pagar a conta?

Redação – SINPRO ABC

 

 


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