A inflação de janeiro deu um salto nada discreto e mexeu com as projeções de nossa data base. É o que indicam o ICV-Dieese, que acusou 2,25%, seguido do IPC-Fipe, com 1,62% e INPC-Ibge, com 1,48%. Em dezembro, eles tinham variado de 0,30% a 0,62%.

A média destes três indicadores tem sido usada como critério para reposição inflacionária nos salários de professores e de auxiliares que atuam na educação básica e no ensino superior. De março de 2014, mês do último reajuste, a janeiro de 2015, a média já está em 6,07%.

Falta ainda a inflação de fevereiro, um mês onde a variação do custo de vida é menor, pois há menos dias úteis. Entretanto, alguns reajustes, como o de combustíveis e energia elétrica podem pressionar o custo de vida. Projetando uma elevação de 1%, a média dos três índices entre março de 2014 e fevereiro de 2015 é de 7,13%. O valor definitivo será divulgado em 9/3.

Reajuste salarial em março
Professores e auxiliares de educação básica já têm o reajuste de março assegurado: reposição da inflação (média do ICV, INPC e ICV) e aumento real de 2%. Mantidas as projeções atuais, o reajuste deve ficar na casa dos 9% ou um pouco mais.

Este reajuste é parte da Convenção Coletiva de 2014, que estabeleceu um plano salarial de dois anos. O pacote garantiu, no ano passado, reposição da inflação, 1% de aumento real, 24% de PLR e projetou valores maiores para 2015. Além do reajuste de 2%, a PLR também subiu para 30% (veja mais).

No ensino superior e no Sesi e Senai, o reajuste depende ainda das negociações da campanha salarial que se iniciam agora.  As reuniões devem começar pela discussão de cláusulas sociais e só depois se voltam para as econômicas.


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