1° de Maio é marcado pelo questionamento à criminalização das lutas populares

A CUT, CTB, Intersindical e movimentos organizados nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizaram o tradicional 1º de Maio, Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras. A atividade, realizada na Praça da República, no centro da capital paulista, foi mantida em solidariedade às 400 vítimas do incêndio ocorrido na madrugada de terça-feira, bem como ao ex-presidente Lula, preso político desde o dia 7 de abril.

Durante o ato, que reuniu cerca de 10 mil pessoas, um minuto de silêncio foi feito. Logo depois, o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, cobrou a apuração do incêndio e apontou para as responsabilidades do poder público pelo desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo.

Assim como Izzo, a representante da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Natalia Szermeta, também lembrou das 150 famílias que foram afetadas pelo incêndio.

Liberdade a Lula

No ato, os trabalhadores lembraram ainda as mobilizações realizadas pela CUT nos últimos anos contra a terceirização e as reformas trabalhista e previdenciária e ressaltaram que, defender Lula neste momento, significa organizar a classe trabalhadora e fazer o debate na sociedade e desenvolver um projeto democrático para o país.

O golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff também não foi esquecido. O secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, lembrou que a derrubada de Dilma aconteceu sem que ela tivesse cometido nenhum crime durante o seu governo e que, hoje, o Brasil é um país de joelhos para as grandes potências.