Nossas reivindicações estão na mesa dos empresários da avenida Paulista – professores e professoras demonstram empenho e unidade - Nada de embromação: Queremos negociação de verdade!

Mais de dois mil professores e professoras da rede SESI/SENAI disseram “presente!” nas assembleias preparatórias da nossa Campanha Salarial 2016. No “Dia S”, montamos a pauta de reivindicações que consideramos justa e necessária para manter a dignidade da categoria, para fazer frente à inflação que come nossos ganhos e para que a vida do professor permita a serenidade e a segurança necessárias para quem se dedica ao ensino.

Mas, atenção, amigos: nada vem de graça. As notícias de crise, de instabilidade política no país, estão sendo usadas à exaustão para enfraquecer quem trabalha. O sistema SESI/SENAI esconde suas contas para chorar dificuldades que não existem. Mas nós, que estamos lá dentro, não vamos bancar o pato: nossa reivindicação principal, 15% de ajuste salarial, é um pleito justo. Repõe a inflação do ano e inclui um ganho real, modesto, mas necessário. Garantir que esse e os outros itens importantes da pauta sejam discutidos com seriedade está em nossas mãos.

Os professores e professoras do SESI/SENAI vão se apresentar para conquistar o respeito que a categoria merece.

Sem surpresa, os empresários da avenida Paulista fazem de conta que o assunto não é com eles. O dia 1º de março, consagrado como nossa data base, chegou e passou e o SESI/SENAI ainda está pensando no que fazer. Na reunião de negociação, falaram pouco. Manifestaram a ideia de abolir a data base, esquecer o 1º de março! Que dirá, então, nosso aumento!

E pior, os representantes patronais estão negociando reajustes inferiores à inflação com outros sindicatos, que não integram a FEPESP, numa clara tentativa de dividir a categoria.

Nós não vamos bancar o pato!

Converse com os colegas, visite os sites do seu sindicato e da FEPESP, compartilhe as informações, compareça à assembleia No dia 19/03 e pressione a direção de sua unidade. Nossa conquista é do tamanho de nossa mobilização!

Nossa preparação para a Campanha não é de hoje

Bem antes de começar a campanha salarial 2016, a FEPESP e os sindicatos integrantes começaram a movimentação para conduzir nossa negociação às claras - e abrir a caixa preta onde se esconde o verdadeiro pato do SESI/SENAI.

- Audiência Pública na Assembleia Legislativa: No dia 6 de novembro, promovida pela FEPESP e o deputado Carlos Gianazzi, os mais de 200 professores e técnicos de ensino e deputados presentes exigiram uma explicação sobre a atual administração do Sistema S.

- MP e MPT instauram inquérito contra o SESI: Após a Audiência Pública, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público do Estado de São Paulo, buscando uma maior transparência nas contas do SESI/SENAI, acataram as denúncias feitas pela FEPESP e os sindicatos integrantes e instauraram inquérito contra o SESI. Sem moleza: os inquéritos estão em processo de investigação.

- Reunião com o presidente nacional do SESI: No dia 18 de novembro, em Brasília, os representantes da FEPESP e os 25 sindicatos integrantes reuniram-se com o presidente nacional do SESI, Gilberto Carvalho. O dirigente deixou claro que a possível queda de 6,9% na arrecadação é perfeitamente assimilável e que não vê a necessidade de cortes.

E o Sistema recuou!

Percebendo o apoio massivo da categoria e as ações da Federação e seu sindicatos integrantes, o SESI/SENAI recuou. Em novembro, o SESI-SP comunicou que duas das decisões anunciadas no mês de outubro não iriam mais acontecer: o fechamento de classes do 1º ano do Fundamental nas unidades externas e o fim das vagas de cursos técnicos, no ensino articulado SESI/SENAI, oferecidas aos alunos do nível médio.

Pressionamos também pela reversão de outras medidas perversas: o fim da escola de tempo integral no Fundamental II (do 6º ao 9º ano), se mantido, trará consequências danosas para toda a comunidade do SESI – alunos, professores e pais. Também pesam contra o Sistema “S” denúncias do autoritarismo na atribuição de aulas e da pressão sobre os professores diante da ameaça de demissão em massa, decorrente do fechamento de vagas e da reestruturação curricular.

Os representantes patronais vêm alegando que nos últimos dez anos o SESI/SENAI fizeram pesados investimentos na remuneração dos professores, resultando em um aumento real de 16%. Mas o que não deixam claro é que os reajustes salariais são vitórias da categoria. É direito dos professores ter um salário digno e essas conquistas vieram com muita luta e esforço, nunca foram um presente do SESI ou do SENAI.