Apesar do número de manifestantes ser bastante expressivo, a grande imprensa mais uma vez não divulgou a manifestação.

Em São Paulo, milhares de manifestantes ocuparam a Avenida Paulista para pedir a saída imediata de Temer e a realização de novas eleições presidenciais. O ato deste domingo (11) foi convocado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem movimentos sociais, sindical e partidos políticos.

De acordo com os organizadores, mais de 100 mil pessoas estiveram na manifestação. Com faixas, cartazes e diferentes intervenções, os participantes gritavam palavras de ordem em defesa da democracia e contra o retrocesso nos direitos sociais e trabalhistas. Nesta semana, o governo ilegítimo anunciou uma proposta de aumento da jornada de trabalho para 12 horas diárias.

No próximo dia 22 de setembro, será realizado  o Dia Nacional de Paralisação, quando diversas categorias pelo Brasil prometem parar em protesto às ameaças do governo em mexer nas leis trabalhistas.

Segundo o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, o povo permanecerá nas ruas até a democracia voltar a ser respeitada. “Se deixarmos os golpistas se consolidarem no comando do Brasil, o preço que pagaremos, assim como as gerações futuras, será muito caro, pois eles querem aplicar o programa de terra arrasada no nosso País”.

Prisões arbitrárias

Como tem ocorrido com frequência nas manifestações contra Temer, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) destacou um grande efetivo de policiais militares (PM) para acompanhar o ato, numa tentativa de intimidar os participantes. No entanto, a tática não tem dado certo.

Antes de iniciar o percurso (Paulista – Parque do Ibirapuera), a PM prendeu três pessoas alegando que eles portavam um soco inglês, faca e bolas de gude. Os manifestantes negam a acusação e disseram portar somente máscaras para proteção às bombas de gás lacrimogêneo que a PM tem lançado, constantemente, sem motivos.

Os policiais também provocam um pequeno tumulto próximo ao carro de som, mas os próprios manifestantes, de forma pacífica, acalmaram os policiais. Até o final do evento, não foram registradas outras ocorrências.