Marcha e debates marcam abertura do Fórum Social Mundial 2018

Fórum Social Mundial, em Salvador, deve atrair a presença de 60 mil pessoas de 120 países, para debater e definir estratégias frente ao modelo desenvolvimentista.

Com mesas de debates e uma marcha de abertura pelas ruas de Salvador, Bahia, representantes do Movimento Negro da Bahia, de entidades religiosas de matriz africana, universitários, estudantes secundaristas, sindicalistas da CUT e da CTB, deram início nesta terça-feira (13), ao Fórum Social Mundial (FSM2018).

O secretário de Relações Internacionais da CUT Nacional, Antônio Lisboa, disse que tamanha representatividade dos movimentos sociais e sindical é um sinal de que a resistência aos ataques dos golpistas que usurparam o poder se intensificará a cada dia. “O significado deste Fórum é forte diante da situação de retrocesso, dos ataques aos direitos humanos, sociais, trabalhistas, aos quilombolas, às mulheres, aos indígenas e ao estado democrático”.

“Estamos passando por um estado de exceção, por um golpe. Por isso, o Fórum tem um significado de resistência para a luta que temos de desempenhar no país neste momento”, disse o dirigente.

E esse momento de exceção porque passa o país foi duramente criticado pelos participantes da marcha, que saiu do bairro Campo Grande em direção a Praça Castro Alves, um percurso de dois quilômetros. Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), contra o neoliberalismo econômico instalado por ele no país e em favor do direito do ex-presidente Lula ser candidato nas próximas eleições.

Para a vice-presidenta da CUT Nacional, Carmen Foro, o debate sobre as saídas nas questões do trabalho e da democracia é a missão da CUT e a presença da Central fará toda a diferença nos debates no Fórum Social Mundial 2018.

“Esperamos sair daqui mais fortes e com maior resistência para debater, no Brasil e lá fora, a necessidade de ter um mundo mais justo e democrático”.

Já Julia Nogueira, secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT, diz que esta edição do Fórum “é fundamental para o Brasil, para dizermos aos golpistas que o povo brasileiro não se curva e não aceita o golpe. É necessário resistir para criar novas possibilidades de outra sociedade”.

Fonte: CUT